O
mundo encerrará o ano de 2012 com mais de um bilhão de turistas, cifra
histórica que mostra não só a força do setor, mas também o impulso que pode dar
à economia em uma época de crise, afirmaram autoridades e
empresários do setor, reunidos no México.
"Não
se trata apenas de um aumento no número de turistas, mas do que isto significa
para a criação de empregos, investimentos, desenvolvimento e impulso da
economia", afirmou o jordaniano Taleb Rifai, secretário-geral da
Organização Mundial do Turismo (OMT), durante reunião de ministros do G20 com
empresários do setor em Playa del Carmen (leste do México).
Segundo
números da OIT, uma série de medidas simples, como redução nos trâmites para
concessão de vistos, políticas de céus abertos e simplificação da
multiplicidade de impostos que oneram o setor, gerariam 5,1 milhões de novos
empregos e 112 milhões de novos turistas só nos países do G20, bloco integrado
pelas maiores economias do planeta.
"Não
é preciso investir tanto dinheiro e a lógica é muito simples: muitos governos
gastaram em promover seus destinos turísticos, mas gastam mais dinheiro ainda
para evitar que as pessoas cruzem suas fronteiras", explicou Rifai.
A
OMT e o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês)
consideram possível que o número de 1 bilhão de turistas internacionais ao ano,
que pela primeira vez se superará este ano, se mantenha em ascensão, inclusive
apesar da crise nas economias desenvolvidas, como as europeias.
"Estamos
vendo o potencial dos mercados emergentes, como China, Brasil e Índia, que estão
aportando uma quantidade importante de novos viajantes", afirmou David
Scowsill, presidente do WTTC, que reúne os empresários do setor.
Os
cálculos, otimistas, estimam, inclusive, que o número de turistas dobre nos
próximos 20 anos.
"Nossa
mensagem é clara para os governos: o turismo pode gerar potencialmente mais
empregos do que muitos setores para os quais se dirigiram os apoios estatais
recentemente", enfatizou Scowsill.
Segundo
um estudo do WTTC, o setor turístico já gera mais empregos do que a produção de
automóveis e os serviços financeiros, a química e inclusive a mineração.
Nos
países da América Latina, os indicadores são particularmente significativos: no
Brasil e no México, por exemplo, o emprego gerado pelo turismo dobra com
relação aos setores industriais, como a produção de automóveis.
Ao
mesmo tempo, a renda deixada pelos turistas superam em até quatro vezes o que é
gerado pela exportação de veículos nos dois países, os maiores produtores da
região.
Fonte:
Folha.com
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