O Mar Morto está encolhendo em taxas recordes, em
consequência dos trabalhos de exploração feitos pela indústria de
fertilizantes. A redução chegou a 1,5 metro nos últimos 12 meses,
caracterizando a situação como o maior declínio já registrado desde 1950.
Duas empresas do ramo de fertilizantes são apontadas como as
principais culpadas pelo problema: Israel Chemical Ltda. (ICL) e Jordan’s Arab
Potash Co. (APOT), de acordo com Gidon Bromberg, diretor da ONG israelense
Amigos da Terra do Oriente Médio.
Os fabricantes de potássio, uma das matérias-primas
utilizadas em fertilizantes, competem pelas águas com a indústria do turismo há
anos. O Mar Morto é um dos destinos mais procurados por quem visita o oriente
médio, atraindo em 2011, 857 mil turistas. A agricultura local também depende
das águas do mar mais salgado do mundo.
Para se defender das acusações, a Israel Chemicals informou
que não aumentou a quantidade de água bombeada do mar e atribuiu a redução aos
bombeamentos históricos, feito ao longo de milhões de anos. A empresa utiliza
de 150 a 170 milhões de metros cúbicos de água proveniente do Mar Morto todos
os anos.
O Ministério da Jordânia informa que a preservação do mar é
fator essencial. “Estamos empenhado em fazer tudo o possível para preservar o
Mar Morto, que está encolhendo anualmente”, declarou o porta-voz do Ministério,
Issa Shboul à Bloomberg.
Segundo ele, as empresas são incentivadas a adotarem
tecnologias mais recentes e que causem menos impactos à natureza. Bromberg,
diretor da ONG Amigos da Terra do Oriente Médio, explicou que o déficit anual
do Mar Morte é de 700 milhões de metros cúbicos de água.
Fonte: CicloVivo
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