No
movimentado saguão do maior aeroporto do Brasil, a câmera se aproxima de uma
moça, anônima.
À espera da
mãe e da irmã, ela vira personagem da quinta temporada do programa
"Chegadas e Partidas", do GNT, apresentado por Astrid Fontenelle, que
estreia na próxima quarta-feira.
Nele, de
supetão, Astrid garimpa histórias de quem está se despedindo ou se encontrando
no saguão do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).
Nessa
história, a vinda da mãe é assunto delicado na família: por causa da morte do
marido (pai da moça), ela está de volta ao país, de mudança para a casa da
filha.
Durante a
conversa, Astrid refaz uma pergunta: "Quem vem mesmo com a sua mãe?".
"Minha irmã e meu pai", a moça responde num ato falho. "Ué, mas
o pai não morreu?" O pai estava vindo na bagagem da viúva. Na verdade, as
cinzas do pai, que faziam naquele momento a segunda viagem internacional com a
mulher (tudo escondido, é claro).
"Achei
que eu fosse me acostumar com as histórias ou que elas fossem se repetir. Mas
não", conta a apresentadora. "Sinto que é como se as pessoas não
tivessem tantos amigos. E então eu estou lá para ouvi-las, neste mundo de 140
caracteres."
Apesar das
narrativas diferentes, o programa dá a impressão de que aquelas vidas têm algo
em comum.
Para
Astrid, é justamente essa identificação do "Chegadas e Partidas" que
atrai espectadores.
É um
trabalho "intenso", nas palavras de Astrid. Tão
"emocionante" que ela pretende desdobrá-lo em um livro, que reunirá
histórias que outrora ouviu no aeroporto.
"Tem
aqueles filhos que vão para o Japão para trabalhar e passam 20 anos sem
encontrar os pais, casais que se conhecem pela internet e esposas que fogem de
maridos violentos", conta. "E eu aprendi a não julgar [as pessoas].
Esse é o meu exercício no programa."
"Chegadas
e Partidas"
Estreia da nova temporada
Quando quarta-feira, às 20h, no canal pago GNT
Classificação livre
Estreia da nova temporada
Quando quarta-feira, às 20h, no canal pago GNT
Classificação livre
Fonte:
Folha.com
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