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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ponto de Decisão.

Lucas 15: 18-20. Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.
 
Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou.
 
Meus queridos irmãos em Cristo Jesus, A paz de nosso Senhor seja presente em vós.
 
Hoje estaremos refletindo sobre esta temática tão bem conhecida da igreja a respeito de “Decisão”, hoje mais especificamente sobre o “Ponto” de Decisão, este frase aqui colocada como tema hoje é exatamente o mesmo de um filme gospel o qual á alguns dias tive o prazer de assistir, se trata basicamente de um jovem casal, o marido com uma carreira promissora nos esportes e a esposa com um ótimo emprego de corretora, mas algo inesperado acontece, seu marido sofre uma lesão grave no joelho a qual interrompe sua carreira esportiva, então passa para o ramo de construção cível, mas este novo ramo não lhe traz um bom rendimento passando ser a esposa a cabeça da casa no sentido financeiro, depois de algum tempo o casamento esta desgastado, a independência da mulher lhe tira muito de sua sensibilidade feminina, e quando surge um novo problema com um acidente de automóvel sua mãe uma mulher autoritária interfere drasticamente provocando em pouco tempo a separação do casal, a mulher sem rumo vai a igreja novamente, a mesma que se casou, onde após um velório o pastor lhe dirige poucas palavras, mas são o suficiente para que esta tome uma decisão, com pequenos gestos e o desejo de mudança ardendo em seu coração consegue a reconciliação matrimonial.
 
Mas o que isso tem a ver com a palavra lida em Lucas? Em vários momentos as histórias se repetem, o texto citado se refere a um jovem que na sua fome por liberdade pega tudo que lhe pertence e o gasta em prazeres mesquinhos e mundanos, mas este mesmo jovem após sofrer as consequências de suas ações, jogado aos porcos, começa a refletir nos seus últimos dias, onde nessa reflexão encontramos um intento decisivo para a mudança total de sua atual realidade, cada um de nós por mais que estejamos felizes como estamos, precisamos repensar nossa realidade atual e tomar determinadas decisões, para diminuir a possibilidade errar nas decisões hoje falaremos de dois pontos de aprendizagem neste texto:
 
 
1º Para decidir é preciso “refletir”:
 
 
O texto nos revela o resultado de uma reflexão, mas o que o levou a refletir? Vejamos a ultima parte do versículo 14 – “e ele começou a passar necessidade”. Necessidade foi isso que o levou a refletir, e é sobre isso que ele começou a refletir, queria resolver o grande problema que naquele momento tanto o afligia, a palavra necessidade é traduzida da palavra grega υστερεω hustereo que entre seus significados temos: 
 
 “ser deixado para trás na corrida e falhar em alcançar o objetivo, não chegar até o fim” Com certeza aquele jovem havia almejado um objetivo quando deixara seu pai, mas as intempéries da vida não o permitiram chegar ao fim. Outro significado da palavra hustereo é: sofrer necessidade, estar destituído de, faltar (ser inferior) em excelência, valoraquele jovem enquanto retinha seus bens e desfrutava da boemia que sua condição financeira lhe permitia, com certeza era tratado com certo elevo de valor, as coisas mudaram agora ele padece de ajuda financeira, mas não encontra ajuda senão a condição de congregar-se junto a um homem que o lança para cuidar porcos.
Podemos dizer que no momento mais aflitivo da vida desse jovem ele então cai em si, como está escrito no versículo 17, este “caindo em si”, revela-nos a condição de retorno, de arrependimento, ou seja, a razão ou lucidez retorna a sua consciência, ai começa a reflexão comparativa proporcionada pela experiência vivida, ele estava com fome e ninguém lhe dava nada para comer, chegou a desejar se alimentar da mesma comida dos porcos, foi neste momento que se lembra de como seu pai tratava seus empregados, veja: “Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” Wiersbe afirma que o rapaz “reconheceu que o pai era um homem generoso e que servir na casa dele era melhor do que ser “livre” naquela terra Distante”.  Após se deparar com a dura realidade a qual se encontra ele toma uma decisão: Lucas 15: 18. Levantar-me-ei, irei ter com meu pai.
 
Aprendemos que para haver uma decisão mais acertada é preciso reflexão, bom meus queridos irmãos, desejo ardentemente que nenhum de vós tenha a infelicidade de passar necessidade, ou algo parecido com a descrição bíblia desse jovem, desejo que não seja necessário haver tamanha dor e desgraça para nos levar a refletir no que deu errado, no porque não alcançamos o objetivo, nem porque perdemos valor, nós temos hoje a oportunidade concedida por Deus para refletirmos, minha intenção com este ponto é leva-los a reflexão pessoal de sua condição frente à bondade de Deus, cada um de nós temos nossas particularidades, temos nossas dificuldades, temos os nossos objetivos a serem alcançados, peço a cada um de vocês que se por algum momento se afastaram ou estão sentindo falta de Deus presente em seus corações e vidas diárias, por favor, não permaneçam assim, não fiquem distantes do Senhor, Ele deseja estar conosco, ser nosso companheiro, nosso amigo fiel, deseja tratarmos como que filhos, tais como somos pela fé em Cristo Jesus.
 
 
2º Para decidir é preciso “Agir.
 
 
Meus queridos, o jovem pródigo só deixou de ser pródigo quando agiu de conformidade com a decisão tomada após sua reflexão, O ser humano infelizmente tem se deixado levar pela inercia, muitos de nós em alguns momentos de nossa vida nos tornamos cegos, mudos, paralíticos, e até tetraplégicos não conseguimos nos mexer, sim, refletimos, decidimos, mas não agimos, do que adiantou a reflexão e decisão sem a ação real? A resposta é: Nada, não serve para absolutamente nada, nosso segundo ponto é extremamente direto, devemos agir, o quanto antes, agir hoje, agora, Wiersbe afirma: Nossas decisões podem ser nobres, mas a menos que as coloquemos em prática, jamais trarão qualquer benefício permanente.
 
Pense em um pecador preso nos laços da morte e do inferno, quando este percebe e compreende que seu estado e fatal, a lógica é vermos o mesmo atormentado com sua realidade, desejando ardentemente sair desse estado, sair da prisão, viver e não morrer. Queridos existem muitas pessoas e até crentes que percebem seu afastamento do Senhor, que percebem seus corações sedentos de Deus.
 
Do maná celestial que só Ele pode nos dar, mas infelizmente estão paralisados, chegam à decisão de que irão voltar a para igreja, voltar para o Senhor, voltar a congregar com a comunidade dos santos, mas ficam na decisão interna apenas, não conseguem agir, não saem de casa, não vão à igreja, não buscam o Senhor, não congregam, mas sentem a falta que tais coisas fazem, sabem que devem mudar de postura, já decidiram, mas não agiram, não consumaram a decisão, faltou-lhes a volição.
Jesus através dessa parábola do jovem pródigo nos ensina a fazer mais que refletir e decidir internamente no coração, nos ensina a consumar a decisão pela ação, Charles Spurgeon afirma que o pródigo levanta e vai a seu pai, não pediu aumento de salário ou melhoras nas condições de trabalho, pois se assim o fizesse seria persuadido, mas após a decisão saiu ao encontro de seu pai, o texto afirma que foi uma ação aparentemente simples: vs 20 Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Mas não é tão simples quanto parece, aliado a ação esta à confissão de pecados, um de seus intuitos estava justamente à confissão veja: vs 18 “Pai, pequei contra o céu e diante de ti”. Fato esse que nos conduz a deduzir acertadamente que uma das maneiras de se aproximar do Pai celestial é através da oração sincera e verdadeira onde confessamos nossas mazelas e pecados cometidos contra Ele por termos nos afastado dEle, mostrando a verdade sincera e ardente em nossos corações de que desejamos estar próximos a Ele, digo próximo porque este rapaz não teve a audácia de voltar a ser chamado de filho, sua intenção era ser tratado como um de seus empregados veja vs 19 “já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados”.  O pródigo que antes agira com altives e orgulho agora age de maneira humilde e servil, e com essa ação não se mostra “humilhado”, mas sente-se bem por servir, sente-se valorizado em servir á seu Pai.
A ação de retorno teve um resultado além do esperado pelo jovem, veja: vs 20 “Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou”. Veja a maravilhosa graça do Senhor aqui representada por esse pai compadecido que abraça e beija o filho que finalmente retornou para seu “Lar”. Essa será e é a ação do Pai celestial a respeito daqueles que decidiram ter com Ele, e de fato foram. Na sequencia do texto vemos que o Pai fez festa, deu-lhe vestes novas e também pôs um anel em seu dedo, cada item representa uma ação misericordiosa e graciosa do Senhor, tais como renovação da aliança, representada pelo anel, mas nosso alvo é o ponto de decisão, a reflexão aliado a ação que resultou em toda essa maravilhosa benção.
 
Que o Senhor ajude a cada um de nós a refletirmos e agirmos de maneira a permanecermos na estrada correta, no caminho da vida eterna que é Cristo Jesus nosso Senhor, o qual nos abraça como um Pai cheio de amor e saudades o faz com seu filho amado. Que nossa reflexão, decisão e ação sejam diárias nesse sentido, de maneira que mesmo no futuro se nos resvalarem os pés ou nos encontrarmos com irmãos ciumentos tenhamos a certeza de que a graça de Deus está a nos esperar de braços abertos, e para aqueles que se encontram hoje afastados de sua congregação, rogo-vos irmão por Cristo Jesus, reflitam em suas atuais situações, decida concorde-mente com a palavra do Senhor e com a ajuda do Espírito Santo “Ajam”, retornando para casa do Pai em Cristo Jesus Senhor dos céus e da terra. Amem!

Ao Senhor Toda Honra e Glória Para Sempre. Amem!

Ajadil


Estudante da Palavra de Deus. Amante da Verdade e Servo de Jesus Cristo.

Fonte: Artigos Gospel

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