Em Israel, um projeto do governo em discussão no Parlamento promete criar uma área nova diante do Muro das Lamentações, em Jerusalém, onde mulheres e homens poderão rezar juntos.
Rezar em grupo, e alto no local, elas não podiam. Rezar vestidas com o talit - o manto sobre os ombros - diante do Muro das Lamentações, nem pensar.
No lugar mais sagrado para os judeus, ao longo de 15 anos as ativistas Mulheres do Muro ouviram dos judeus ultra-ortodoxos as palavras mais desagradáveis. E mesmo dando esse baile no policiamento, elas quase sempre foram presas.
As prisões eram porque a lei de Israel proíbe manifestações religiosas em desacordo com a tradição local. E até então quem decidia sobre a tradição eram eles.
Mas agora a Justiça decidiu que não há nada de ilegal na atitude das mulheres e que rezar não pode ser crime.
"Eu nunca levei uma multa de trânsito e hoje tenho ficha na polícia por rezar no muro usando este talit", diz uma mulher.
Na entrevista ao Jornal Nacional, Rachel Cohen ainda estava emocionada com a vitória na Justiça. "Estamos mostrando que existem várias formas de praticar a religião", ela comemorou.
E com aval da Justiça, as Mulheres do Muro foram ao parlamento de Israel discutir um projeto que pretende acabar de vez com as desigualdades no Muro.
Se o projeto for aprovado do jeito que vem sendo discutido, o sítio arqueológico que fica na parte mais à direita do Muro das Lamentações vai ser transformado em uma área livre: onde mulheres e homens vão poder rezar juntos, de acordo com o que a fé de cada um entender, e sem medo de polícia.
Enquanto o projeto caminha, o rabino reformista se desentende com os ortodoxos. "Não é uma batalha apenas sobre o direito das mulheres de rezarem no Muro", diz Gilad Kariv.
Fonte: G1
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