Uma
pesquisa realizada pelo Barna Group, uma entidade cristã dos Estados Unidos,
descobriu que os evangélicos são o grupo de cristãos mais parecidos com Jesus
em relação a gestos e atitudes. Entre os grupos participantes da pesquisa,
estavam também os cristãos católicos.
A
metodologia da pesquisa envolvia a aplicação de 20 perguntas aos participantes,
sendo 10 sobre atitudes de Jesus descritas nos Evangelhos e 10 sobre as
respostas de Jesus aos fariseus.
De
acordo com o resultado das 1.008 entrevistas realizadas com 718 participantes,
23% dos evangélicos tiveram um índice de respostas que os classificavam como
parecidos com Jesus em relação a seus gestos. Entre os católicos, apenas 14% dos
participantes demonstraram ser parecidos com o Filho de Deus.
Entretanto,
o índice de fiéis que dizem aceitar tomar uma postura parecida com a de Jesus
em situações cotidianas pode ser considerado baixo em qualquer um dos segmentos
(23% dos evangélicos e 14% dos católicos).
David
Kinnaman, presidente do Barna Group, afirmou num comunicado que o objetivo da
pesquisa era “criar uma nova discussão sobre os aspectos intangíveis do que
representa seguir a Jesus”, e ressaltou que “obviamente, a pesquisa de opinião,
por si só, não pode medir a ‘semelhança com Cristo’ de alguém, ou sua
‘semelhança com fariseus’ totalmente”.
Ainda
segundo Kinnaman, “o estudo pretende identificar as qualidades iniciais de
Jesus, como a empatia, amor e um desejo de compartilhar a fé com os outros,
presentes nos fiéis, ou sua resistência a tais ideais em forma de hipocrisia
auto centrada”.
O
Christian Post destacou que, embora os cristãos evangélicos tenham sido os mais
semelhantes a Cristo em relação às suas atitudes, o estudo também descobriu que
os mesmos evangélicos foram os que atingiram maior percentual de semelhança com
atitudes farisaicas: 38%.
No
âmbito geral, mais da metade (51%) dos cristãos como um todo tiveram respostas
às perguntas que os classificaram como semelhantes aos fariseus.
“Muitos
cristãos estão mais preocupados com o que eles chamam de injustiça do que com
uma ‘autojustiça’. É muito mais fácil apontar o dedo contra a forma imoral da
cultura social do que confrontar outros cristãos em seus padrões espirituais
confortáveis”, afirmou Kinnaman.
O presidente
do Barna Group enxerga na pesquisa uma oportunidade para revisão de conceitos:
“Talvez os pastores e professores podem ter um outro olhar sobre a forma como
eles se comunicam. Será que as pessoas de alguma forma passam a mensagem de que
a ‘ação correta’ é mais importante do que a ‘postura certa’? Os líderes da
igreja têm uma tendência a se concentrar mais em resultados tangíveis , como
ações, porque aqueles são mais fáceis de ver e medir do que posturas?”, questionou.
Fonte: Portal Fiel
Nenhum comentário:
Postar um comentário