Uma placa de pedra com inscrições em
tinta em hebraico, datada do séc. I a.C. e conhecida como “Pedra da Revelação
do Anjo Gabriel”, está sendo exposta ao público. O local é a exposição Eu sou
Gabriel que está tendo lugar no Museu de Israel, em Jerusalém. A peça foi
encontra em 1998 em Zurique, nas mãos de um colecionador, David Jeselsohn, que
disse que a comprou em Londres, de um antiquário jordaniano. A pedra procederia
da margem leste do Mar Morto, na Jordânia.
Alguns acreditam que a “Pedra da
Revelação” poderá mudar a percepção comum sobre as origens do cristianismo e
revelar que os judeus, antes de Cristo, já acreditavam na chegada de um messias
que morreria e ressuscitaria após três dias. Pelo menos essa é a convicção do
pesquisador Israel Knohl, que acredita que um texto hebraico escrito em tinta
nesse pedaço de rocha “poderá mudar a visão que temos do personagem histórico
Jesus”. Para ele, este texto poderá constituir o elo perdido entre o judaísmo e
o cristianismo, “na medida em que insere na tradição judaica a crença cristã na
ressurreição de um messias”, afirma Knohl, professor de estudos bíblicos da
Universidade Hebraica de Jerusalém.
A mostra Eu sou Gabriel apresenta
informações detalhadas sobre as inscrições da “Pedra da Revelação” por meio de
uma série de manuscritos raros antigos – incluindo um fragmento dos Manuscritos
do Mar Morto e do Códex de Damasco, do século XIII –, traçando o
desenvolvimento da figura do anjo Gabriel em todos os primeiros anos do
judaísmo, do cristianismo e do islamismo.
Fonte: Pletz
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