por Dâmaris Feld
Sei mesmo é que eu não posso esconder as marcas que meu corpo traz e que são marcas que o tempo fez. Fatos da vida. A começar pelo meu umbigo, a cicatriz que me lembra que um dia fui bebê e estive ligada fisicamente a alguém. Depois que alguém cortou o cordão, a vida nunca mais foi a mesma...
Depois, as marcas da infância: marca de vacina, cicatriz de queda de bicicleta e de corte no dedo (quase caiu o meu dedo, ficou por um fio, quer dizer, por uma pelezinha – mas sarou! E o dedo está inteiro.) Marca na testa e na barriga e na perna. E bem pertinho do olho uma cicatriz – foi por pouco! Nas costas não enxergo direito, mas certamente tem alguma também...
Adolescência e as marcas que trouxe. De queimadura de ferro, aprendendo a passar roupa. Queimadura no rosto, com água quente, lavando a louça. (Bem, essa deixou lembrança, mais do que marca.) Cicatriz, pequenina, do cateterismo. Cicatriz, bem maior, da cirurgia do coração – 40 pontos. Escondidinhos, mas estão lá. Eu vejo.
Na vida já adulta, uma linda marca em forma de sorriso, por onde vieram ao mundo meus três lindos filhos. As marcas ao redor dos olhos, linhas de expressão que já começam a me acompanhar. A marca de onde fica o sorriso, no rosto – sabe, na bochecha, aquele risquinho que fica depois que você já terminou de sorrir?
E, aí, lembrei de mais uma: as marcas nas mãos e nos pés de Jesus. Não são minhas, mas foram por mim.
Bem-aventurada que sou por estar aqui, viva, e ter tantas marcas pra contar.
Damaris Feld
Curitiba, PR
Frase:
“Nunca fale mal de alguém se
você não tiver certeza. E, se você tiver certeza, pergunte a si mesmo: ‘Porque
eu deveria falar?’”
(Johann Lavater)
Rev.
Lucas André Albrecht
Fonte: Toque de Vida
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