Fábio Mendonça o pastor da Assembleia
de Deus Ministério Lagoinha, em Araruama, Rio de Janeiro. Quando não está
cuidando do seu rebanho, ele é sargento da Polícia Militar da 25ª CIA em Cabo
Frio.
Sua igreja tem cerca de 200 membros e
tem chamado atenção por fazer um investimento surpreendente: usar dízimos e
ofertas para construir casas para os membros em condições de vulnerabilidade
social. Além disso,a igreja possui duas vans que transportam os membros que
moram em lugares como Regamé, Km 30, Rio do Limão e Fazendinha.
Andréa Silva Rocha, que recebeu uma
das casas comemora: “Fui amparada na hora que mais precisei, hoje tenho a
segurança de um lar”.
O pastor Fábio Mendonça diz que em
seu trabalho na Polícia Militar ele adquiriu experiência na área de projetos.
Percebendo a necessidade de outros irmãos carentes, decidiu ajudar a cavar a
fundação das casas.
Ele conta que a igreja no princípio
se assustou com a ideia, mas logo começou a participar ativamente. O critério
para a entrega é “o grau de dificuldades das pessoas”, explica.
Foram construídas quatro casas onde
os dízimos e ofertas custearam a obra. Além do pastor, três pedreiros ajudam
nas construções trabalhando voluntariamente durante os finais de semana. No
momento, estão sendo construídas quatro quitinetes, que devem ficar prontas até
o dia 12 de outubro.
As primeiras beneficiadas deverão ser
as duas senhoras que hoje estão alojadas na igreja, uma delas dorme no gabinete
pastoral e a outra na “salinha das crianças”. O pastor diz que não pede
dinheiro, mas tem conseguido pagar as contas. “Acredito que quando o trabalho é
direito, o Espírito Santo se encarrega de mover o coração das pessoas ao desejo
de ofertar. E assim foi: um membro doou mil tijolos, outro duas pias…”, conta.
Mas a iniciativa não é isenta de
criticas “Alguns pastores me perguntaram se eu não estava “arrumando” muito
trabalho. Se Deus pensasse no trabalho que o ser humano dá a Ele em relação à
desobediência a seus princípios, não teria feito o mundo. Tudo que fazemos na
vida pode nos gerar problemas, você não compra um carro, por exemplo, pensando
que o pneu pode furar um dia, mas no benefício que você vai ter com o veículo”,
desabafa.
Por fim, ele deixa um “recado” para
os líderes evangélicos: “As igrejas devem ficar mais atentas à necessidade do
povo. Sejam elas materiais ou espirituais. Há igrejas em que a maioria dos
membros não possui necessidades financeiras, mas sempre há os que precisam de
ajuda espiritual e aqueles que precisam de ajuda material”.
Fonte:
Gospel Prime
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