Crescimento da imigração de judeus seria cumprimento de
profecia
Um avião fretado, transportando cerca
de 240 imigrantes vindos da Etiópia chegaram à capital israelense nesta
segunda-feira. Trata-se de o primeiro de uma série de voos mensais planejados
como parte da “Operação Asas de Pomba”, uma iniciativa do governo para acelerar
a volta para Israel do restante dos Falasha Mura, membros da comunidade judaica
etíope que foram convertidos à força ao cristianismo durante os séculos 19 e
20.
A Centro de Absorção Judaico Ibim, no
Negeve, irá reabrir para acomodar a maioria desses novos imigrantes. O restante
será distribuído entre os mais de 16 centros de absorção em Israel
administrados pela Agência Judaica. A operação para trazer mais de 1500 etíopes
custou cerca mais de 5 milhões de dólares e deve ser concluída até outubro de
2013.
O voo foi recepcionado por várias
autoridades, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e o Ministro da
Absorção de Imigrantes Sofa Landver.
Calcula-se que mais de 120.000 judeus
etíopes vivam hoje em Israel como consequência das últimas 3 décadas de ondas
de imigrações. Embora pareça estranho para alguns, os “falasha muras” são aceitos
como judeus pelo governo, embora tenham de passar regularmente por um processo
de conversão religiosa.
Mesmo com um tom de pele diferente da
maioria dos judeus, segundo as profecias do Antigo Testamento é necessário os
judeus dispersos voltem ao lar dos patriarcas, fazendo a “aliyah” (retorno). Os
estudiosos da Torah afirmam que antes da vinda do Messias a Israel, todos os
judeus teriam de fazer a “aliyah” à Terra dos seus antepassados.
Em 2012, o fluxo dos “retornados”
será 16% maior em relação ao ano anterior. Para termos de comparação, em 2009
apenas 140 etíopes voltaram. Também ocorreu este ano um significativo
crescimento dos “olim”, imigrantes judeus, vindos da América do Sul, a maioria
da Venezuela. O maior grupo, e o mais resistente a voltar em definitivo, são os
judeus norte-americanos.
O total de judeus que fizeram a
aliyah em 2010 foi de 19.130, sendo 3.980 dos EUA. A maioria ainda vem das
antigas repúblicas russas, de alguns países europeus e da Índia. Jerusalém
continua a ser a cidade mais procurada pelos expatriados, mostrando o
cumprimento das profecias que falam do regresso dos judeus nos últimos dias.
“Trarei a tua semente desde o Oriente e te ajuntarei desde o Ocidente… das
extremidades da terra” (Isaías 43) para reunir todos na Terra de Abraão.
Embora os judeus ortodoxos questionem
como grupos como os etíopes e o povo lemba, do Zimbábue, se encaixariam na
profecia, testes de DNA já foram feitos para comprovar que eles seriam membros
da tribo “perdida” e, portanto, descendentes do povo judeu. Segundo a tradição
dos lembas, por exemplo, seus ancestrais foram sete judeus que deixaram Israel
cerca de 2.500 anos atrás, antes da destruição do Segundo Templo. Eles
atravessaram a África e hoje são cerca de 80 mil vivendo no Zimbábue e na África
do Sul.
Mesmo que, ao longo da história,
muitos tenham se convertido ao cristianismo ou islamismo, sua cultura mantém
vários costumes judaicos como a circuncisão, exigências específicas para a
matança de animais e a proibição de comer carne de porco.
Fonte:
Gospel Prime
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