Como anda a sua mente? Precisamos cuidar dela como se fosse um grande e lindo jardim. Faça um rápido exercício comigo. Creio que isso vai lhe ajudar a entender o que quero passar com esse texto.
Por favor, feche os olhos e imagine em sua mente um terreno plano com mais ou menos 10 metros de comprimento, por 10 metros de largura. Agora vamos construir nele um jardim. Pense como você gostaria que esse jardim fosse. Coloque nele suas plantas preferidas, uma grama bem verdinha, lindas flores e cheirosas. Coloque agora no centro desse maravilhoso jardim uma bela árvore frutífera a qual lhe proporcionará uma boa sombra nos dias mais ensolarados, e, por fim, coloque embaixo dessa árvore um banco de praça bem branquinho. Imagine-se agora sentado nesse banquinho curtindo o seu jardim, comendo uma saborosa fruta tirado do pé e sentindo o frescor do vento batendo em seu rosto. Imagine agora que você precisará viajar para bem longe por um longo tempo e por conta dessa ausência o seu maravilhoso jardim ficará sem os seus cuidados diários. Depois de um longo período você decide voltar para sua casa e ao chegar vai direto ver seu jardim. Em que condições você vai encontrá-lo? Creio que verá um mato enorme tomando conta do seu jardim, todas as flores mortas, muito sujo e a árvore seca e sem folhagem. De fato um horror. Imagine-se sentado no banco que havia colocado embaixo da árvore apreciando o seu jardim. Qual será o seu sentimento ao vê-lo tão descuidado? Então…, é exatamente assim que acontece com a nossa mente se não cuidarmos dela diariamente. Pode tornar-se bela ou não. Tudo dependerá de como estamos cuidando dela. Agora faça uma análise rápida e veja como está sua mente. Analise em detalhes o seu jardim mental. Talvez você chegue a conclusão que tenha se esquecido dele por longos anos ou na verdade nunca se preocupou.
Que tal aproveitar o momento e começar a revitalizá-la. Comece fazendo uma boa faxina em sua mente. Jogue fora todo o lixo acumulado por anos. Queime as folhas secas e adube a terra com “Padrões de Pensamentos” que realmente vale a pena. Perdoe quem tiver de perdoar. Ligue para seus amigos e parentes e reate amizades perdidas ou esquecidas por anos a fio. Convide sua esposa ou marido para uma conversa para colocar as coisas onde devem estar, no amor. Procure ler livros que podem de fato ajudá-lo a crescer como ser humano e tire de vez qualquer coisa que faça você andar para trás. Procure ter uma boa alimentação, faça atividade física sem exageros, porém, com regularidade. Comece a cultivar bons hábitos de vida, se preocupando menos e vivendo com mais com qualidade.
Renuncie os maus pensamentos e de ênfase aos bons. Deseje menos e doe mais sem importar a quem. Não odeie ninguém, nem mesmo seu maior desafeto. Ame, ame e ame e em quaisquer circunstâncias pratique sempre a bondade e a benevolência sem esperar nada em troca. Ao fazer isso você estará sem perceber recebendo de volta a sua parte.
O fato é que não devemos abandonar nossa mente e achar que ela aguentará todos os nossos descuidos que tivemos com ela. Na maioria das vezes foram adubadas por pensamentos sem qualquer importância, os quais não nos levará a nenhum lugar ou a um lugar que realmente vale a pena estarmos. A verdade é que os nossos pensamentos insistem e persistem navegar a deriva, tal qual um barco sem comandante. O que precisamos mesmo é procurar ter domínio próprio assumindo o leme dos nossos pensamentos e direcionando-os para aonde devemos estar. E uma das coisas mais importantes a fazer para quem deseja ter domínio próprio é procurar ter o seu arquivo mental bem organizado. É preciso alinhar os nossos Padrões de Pensamentos e defini-los com os assuntos do cotidiano. Ajustá-los de acordo com cada assunto de importância em nossas vidas.
Por exemplo: O que é e o que significa o casamento para você? A família? Os amigos? O dinheiro? A sua profissão? A política? A religião? A alimentação? A saúde? O que de fato significa tudo isso em sua vida?
Precisamos relacionar os tópicos mais relevantes da nossa vida e defini-los o melhor possível em nossas mentes. É preciso parar por instantes e gastar tempo definindo esses significados para obtermos domínio sobre nossos pensamentos e por consequências atitudes. Assim teremos uma vida mais equilibrada e bem mais fácil de vivê-la.
Ah! Mas como fazer isso?
Eu tenho um método. Para eu definir o que penso sobre cada assunto importante uso duas ferramentas para me ajudar nessa tarefa — O Manual (Bíblia)¹ e o dicionário².
Por exemplo: A família
Eu busco no dicionário o significado de “família” depois tento encontrar no Manual tudo o que está relacionado a esse assunto. A partir desse ponto gasto tempo estudando em cima de tudo o que encontrei sobre família no Manual e no dicionário e procuro criar para mim uma nova definição sobre o significado da família e procuro definir também qual é o “meu papel” dentro dessa família em meu Arquivo Mental.
Para essas definições tornar-se mais fácil criei o método “PRAD”.
O significado de “PRAD” é —> Pensar, Repensar, Ajustar e Definir.
Como isso funciona? É simples! Primeiro eu “Penso” sobre o que sei sobre família; em segundo procuro informações tendo como base aquilo que já sei sobre família, somando o que encontrei no dicionário e no Manual, “Repenso” e “Condenso” tudo sobre o que descobri; em terceiro procuro “Ajustar” meus pensamentos em relação ao assunto; e por fim “Defino” o significado do que é família acompanhado do meu papel dentro dela, tudo em meu Arquivo Mental. Após concluído escrevo num papel o que aprendi e leio por várias vezes, durante vários dias.
O interessante é que ao usar o método PRAD descobrimos que muitos dos conceitos que tínhamos sobre certos assuntos estavam errados. Não menos vezes descobrimos que na verdade não tínhamos absolutamente nada bem definido sobre o assunto.
O que é família para você?
O que é família para você?
Durante meu estudo sobre o método PRAD descobri que a maioria das pessoas não consegue definir claramente algo tão primário como “família”. E muito menos definir com exatidão qual é o seu papel dentro dela. Quase sempre recebo respostas evasivas, nada mais do que isso. Raramente recebo respostas dando uma definição exata sobre o assunto. Sabe por quê? Porque a maioria das pessoas não sabem nada sobre família e muito menos qual é o seu papel dentro dela.
Existem diversos outros assuntos os quais as respostas são tão evasivas quanto essa. A pergunta que não quer se calar é — “Se as pessoas não conseguem definir com clareza algo tão importante e comum para elas como a família como podem administrá-la bem?”
Talvez seja essa a resposta para tantos divórcios.
E a homosexualidade. O que você pensa sobre esse assunto? Você aceita? Não aceita? E por quê? Você tem todo direito de aceitar a prática homosexual mas precisa ter suas razões para isso, você tem todo direito de não aceitá-la mas precisa ter suas razões também. O que não podemos é “aceitar” sem motivos e “não aceitar” sem motivos. Ou seja, você precisa definir o que pensa sobre o assunto e encontrar a sua resposta sobre ele. Não será concordando sem base nenhuma e nem mesmo discordando sem qualquer motivo que está certo. O certo mesmo é encontrar uma resposta clara para o assunto. Somente assim podemos ter condições de conviver com nossas opiniões de forma salutar. Agora aceitar ou não a prática homosexual não pode de forma alguma interferir no trato que teremos com alguém que pensa diferente. Seria a mesma coisa que você e seu amigo torcerem para times de futebol diferentes. Você pode até não concordar com a escolha que seu amigo fez, mas isso não pode mudar o seu relacionamento com ele.
A agressão que costumamos ver acontecer nos estádios de futebol envolvendo torcedores de times rivais ou as agressões a homosexuais se analisarmos mais profundamente veremos que as pessoas que se agridem na verdade não têm o assunto bem definido no seu “Arquivo Mental”. Agridem umas as outras sem saber de fato o porque estão se agredindo. Estão agindo por puro instinto. Mas da onde vêm esse instinto? Eu vejo essas ações agressivas por falta de uma definição clara dos “Padrões de Pensamentos” relacionados ao assunto. Exatamente como acontece com tantos outros que foram arquivados em nosso Arquivo Mental na infância sem uma definição clara sobre eles.
O pior é que tudo isso pode ser hereditário. Hereditário? Isso mesmo! Padrões de Pensamentos herdados dos pais. Não porque são nossos pais e os amamos incondicionalmente garante que estão certos em suas definições. Boa parte do que está definido em nosso “Arquivo Mental” foram arquivados em nossa mente por eles no passado. Foram eles que colocaram as primeiras “pastas de definições” em nosso “Arquivo Mental”. O fato é que aceitamos esses padrões sem questioná-los, pois não tínhamos condições intelectuais para filtrá-los. Da mesma forma que seus pais receberam esses padrões dos seus avós os quais repassaremos aos nossos filhos que futuramente repassarão aos nossos netos e bisnetos.
O fato é que são os nossos “Padrões de Pensamentos” responsáveis pela nossa felicidade. São as definições desses padrões incutidos durante uma vida quer estejam certos ou errados que nos colocaram no nível em que estamos agora. Se estamos satisfeitos com os resultados. Ótimo! Mas se não estivermos lá muito satisfeitos com o que estamos vendo, graças a Deus podemos mudá-los para sermos mais felizes no futuro.
Doutor Fé
Especialista em Neurolinguística, Life Coach,
Palestrante Motivacional, Auto Ajuda, Escritor, Empresário e Amante do Sucesso.
Fonte: Artigos Gospel
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