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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Copa vai gerar 48 mil empregos temporários no turismo, prevê CNC

Se a previsão fluxo de turistas domésticos e estrangeiros não frustrar as expectativas do governo, o setor de turismo irá empregar 47,9 mil trabalhadores temporários no setores de turismo por conta da Copa do Mundo.
Essa estimativa foi traçada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a partir da projeção da Embratur para o total de turistas no período da Copa do Mundo, que deverá gerar uma movimentação 3,6 milhões de pessoas entre junho e julho.
Segundo o economista Fábio Bentes, da CNC, o turismo é "um setor intensivo em mão de obra" e serão necessárias essas vagas temporárias para atender aos visitantes. Os ramos que vão gerar mais empregos, diz, serão alimentação fora do domicílio, transporte de passageiros e hospedagem.
O período de maior criação de vagas começa agora em abril e vai até junho. Nesses três meses, foram abertos 29,5 mil postos de trabalho em 2013. Se confirmada a projeção, haverá uma expansão de 62% no mesmo trimestre deste ano, que será turbinado pela Copa.
Os dados consideram apenas empregos formais, contabilizados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
"É como se neste ano tivéssemos um verão, que é a estação de maior movimento no turismo, prolongado ou fora de época por causa da competição", disse Bentes.
SEDES
Dentre os Estados que contam com cidades que vão abrigar os jogos, São Paulo deve concentrar a maior fatia dos empregados gerados: 30,5%, o que corresponde a 14,6 mil postos de trabalho. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (21,5%), Bahia (6,4%) e Pernambuco (6%).
Bentes diz que o estudo considerou os Estados porque muitos turistas e delegações não vão se hospedar na capital, onde ocorrerão os jogos.
SETORES E SALÁRIOS
Com base no histórico do emprego formal no turismo, a CNC prevê que 33,5% dos empregos serão criados pelo segmento de serviços de alimentação, como bares e restaurantes (o principal do turismo). Trata-se, porém, de um dos setores com os mais baixos salários médios estimados: R$ 935.
Em seguida, devem vir os serviços de transporte de passageiros, com previsão de abertura de 14 mil empregos (29,2% do total) e um de R$ 1.449. Já atividade de hotéis, pousadas e similares deverão ofertar 12,3 mil vagas (25,7%), com remuneração média estimada de R$ 900. Juntos, esses três segmentos deverão responder por 88,4% do total de vagas a serem geradas.
Bentes afirma que as estimativas de salários levaram em conta o crescimento do rendimento do setor de turismo e a inflação dos serviços.
Fonte: Folha.com


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