Sem domínio próprio qualquer tentativa de colocarmos nosso potencial em prática é em vão. Isso porque para colocá-lo em pleno funcionamento será preciso antes olhar para dentro de nós mesmos e descobrir qual é a fonte das nossas paixões e dominá-las por completo. Precisamos conhecer como funcionamos de fato, não baseando-nos em teorias ou doutrinas baratas, as quais nunca na história da humanidade foram suficientes para mudar o ser humano para melhor um milímetro sequer.
Ouvimos um especialista no assunto aqui, outro acolá, e por alguns instantes, dias talvez, sentimo-nos fortes e prontos para mudar nossas vidas, mas, ao longo do tempo, na medida que os dias passam, essa nova ideia implantada em nossa mente se dissipa como nuvem ao vento, e, em pouco tempo, lá estamos nós, no mesmo ponto que iniciamos, cometendo os mesmos erros de sempre. Na verdade acabam esses erros acabam virando nossos erros de estimação, tratados com carinho e alimentados com sucrilhos para crescer fortes e saudáveis.
– Mas por que será que isso acontece?
A única resposta que consegui obter foi a falta de “domínio próprio”.
Eu considero a falta desse predicado tão importante a nós mortais o maior vilão da raça humana. Por conta da falta de domínio próprio o planeta terra se encontra no caos em que está hoje. Um lugar cheio de pessoas moralmente doentes. Tudo por conta do “prazer”. O que considero ser o maior predador do domínio próprio. Guerras, roubos, assassinatos, traições, doenças, amarguras, medos, ódios dentre tantas outras coisas ruins, que se instalam na mente do homem, criando desejos incontrolados por puro “prazer”, a qualquer custo. E por conta desse prazer incontrolado passamos como rolo compressor por cima das leis, das pessoas, do respeito e principalmente do bom senso.
“Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe dominar-se.” Manual do ser humano, livro de Provérbios 25, versículo 28, ênfase adicionada.
Uma pessoa sem domínio próprio fica vulnerável as ações inimigas. Uma cidade com seus muros derrubados fica desprotegida. Acaba virando na casa da “Maria Joana”. Um lugar onde todo mundo entra e sai a todo momento, sem nenhum controle. Um prédio sem portaria. Um ambiente inseguro e fácil de ser dominado pelo inimigo.
Podemos através desse texto explorar o quanto se faz necessário um vencedor de gigantes ter domínio próprio como importantíssima arma a ser usada em suas batalhas. Pessoas que não possuem domínio próprio jamais conseguirão tornar-se vencedores.
– Campo de batalha
As nossas lutas acontecem em nossas mentes e o inimigo sabe que a falta de domínio próprio é o portão a ser forçado para entrar, dominar e vencer.
– A materialização dos pensamentos.
A verdade é que a maioria das pessoas têm dificuldade de controlar a própria língua, quanto mais seus pensamentos e desejos. Todos nós temos pensamentos que se não tivermos controle sobre eles ou mantidos ativos e alimentados por longo período, a qualquer momento, esses pensamentos tornar-se-ão realidades.
Vejamos como exemplo o sentimento de ódio. Imagine que alguém próximo de você lhe tenha feito algo muito ruim. Lhe tenha traído, por exemplo. A primeira coisa que surge em nossa mente é uma série de pensamentos seguidos de sentimentos ruis, os quais via de regra giram em torno da mágoa, do ódio e principalmente da vingança. Porém uma pessoa que possui domínio próprio tenta de alguma maneira amenizar controlando esses sentimentos, por exemplo, ouvindo os conselhos de alguém que a faz refletir e ponderar sobre o assunto (psicólogo, mãe, pai, amigo, etc). E assim acaba conseguindo dominar a sua sede de vingança, a qual persistia avançar em sua mente. Com o tempo, na medida que vai controlando seus pensamentos, esses sentimentos vão se dissipando até findar-se por completo, quando muito fica armazenado nos arquivos mentais uma mágoa permanente, a qual deveria ser curada também, até para evitar um mau pior, uma doença psicossomática, um câncer, por exemplo. Enquanto outras pessoas, as quais não possuem domínio próprio, fazem o contrário, dando vazão aos seus sentimentos de ódio e de vingança, os quais só terão fim quando forem materializados. A prova disso está a mostra para todo mundo ver. Basta assistir os telejornais e programas policiais para ver pessoas de todos os níveis sociais e intelectual, materializando seus pensamentos sem qualquer controle, enganando, matando, estuprando, roubando e por ai afora.
A lei de um país por exemplo, dentre outros objetivos, servem para amenizar ódios e sentimentos de vingança das pessoas. Algumas delas não dão vazão a esses sentimentos porque são de fato pessoas de boa índole, enquanto outras se controlam, a maioria delas diga-se de passagem, porque não querem ser prejudicadas pelas leis ao materializar suas vinganças. O que não fazem delas pessoas com domínio próprio, mas, apenas, pessoas com “medo” de serem presas. Porque se não fossem as leis para impedir vinganças estaríamos vivendo num período ainda mais sangrento.
O fato é que nem todo mundo consegue ter domínio próprio simplesmente por não saber onde se encontra, e, mesmo que soubessem, não saberiam lidar com ele.
Existem diversas formas de perceber se uma pessoa têm, ou não, domínio próprio. Como, por exemplo… pessoas que comem em demasia, gastam dinheiro sem qualquer controle, beberrões, drogados, pessoas que não conseguem segurar a língua e adoram uma fofoca, dentre tantos outros exemplos. Ter domínio próprio não se prende apenas as coisas que as pessoas conseguem perceber só de olhar, mas, também nas que somente nós temos acesso. Por exemplo o que fazemos quando estamos sozinhos usando a internet ou assistindo televisão. Uma boa demostração disso é a lascívia (conduta ultrajante, pensamentos ou atos totalmente imorais que induzem a sexualidade). O fato é que quando deixamos livres nossos pensamentos, sem qualquer controle, escancaramos o portão principal da mente. A partir de então começará acontecer coisas que, com certeza, se arrependeremos ao final da história.
Ao estudarmos sobre domínio próprio podemos ir bem fundo nos exemplos. Podemos partir de um simples roer de unhas e outros que não seria de bom tom repeti-los por aqui. O fato é que qualquer que seja o nível da falta de controle já demostra ausência de domínio próprio. Se uma pessoa não é capaz de segurar o que fala ou de roer as unhas, também não será capaz de vencer obstáculos ou alcançar seus objetivos. Se tornando numa pessoa fadada ao fracasso.
Você pode estar pensando… Mas existe tanta gente de sucesso sem domínio Próprio. Bom isso depende do que achamos ser sucesso. As vezes algumas pessoas são bem-sucedidas numa área da vida, mas nem sempre são em outras. Tanto isso é verdade que os jornais e revistas frequentemente estampam em suas primeiras páginas pessoas de sucesso que se suicidaram, morreram de overdose, agredindo fãs e assim por diante. Aparentemente eram apenas pessoas de sucesso e não loucos suicidas em potencial. Será se elas tivessem tido domínio próprio teriam se matado, seriam viciados em heroína ou teriam agredido fãs. Creio sinceramente que não!
Uma pergunta que não quer se calar é… Quer dizer então que a maioria das pessoas não tem domínio próprio? Sem qualquer cerimonia responderia que sim! O que pode diferenciá-las são apenas os níveis de domínio sobre si mesmas. Alguns apenas roem suas unhas, outros sedem suas compulsões sexuais, pelas compras, gula, enquanto outras matam, estrupam, etc.
Quantas e quantas vezes, no dia seguinte, nos arrependemos do que fizemos no dia anterior? Bom… Eu já perdi as contas, para falar a verdade, nem gosto de me lembrar delas. Imagine agora que o seu problema sejam as dívidas. Se você procurar se controlar a sua compulsão por comprar poderá até resolver o problema uma, duas, três vezes, porém, se não tiver domínio próprio o problema voltará sempre. Quando não, ainda mais forte.
Outro exemplo bem popular é o famigerado regime. Alguém pode perder com algum esforço dez quilos de gordura do seu corpo em três meses, mas, se não tiver domínio próprio, voltará a engordar tudo de novo em poucas semanas.
A falta de domínio próprio associada a tentativas frustradas de superar problemas, sucessivamente, pode nos levar ao que chamamos de depressão ou a desistência definitiva de buscar uma solução para os problemas, assim, caímos de corpo e alma no comodismo e voltamos para a nossa famigerada zona de conforto, estabelecendo a infelicidade com a própria existência. A materialização do fracasso. Isso é sério demais para não se preocupar com “domínio próprio”. Você não acha?
Com essa história aprendi duas coisas importantes. Uma já falamos que é o domínio próprio e a outra é dar manutenção no domínio próprio, mantê-lo sempre bem lustrado. O fato é que “vencer requer um mínimo de esforço.”
Doutor Fé
Especialista em Neurolinguística, Life Coach,
Palestrante Motivacional, Auto Ajuda, Escritor, Empresário e Amante do Sucesso.
Fonte: Artigos Gospel
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