No Aeroporto Internacional de
Cumbica, em Guarulhos, aos poucos se formavam pequenos grupos. Logo avistamos
uma figura que se destacava entre as demais, a princípio com cara de poucos
amigos, mas depois pudemos constatar ser pessoa de coração amanteigado,
escondida atrás daquele ar de durão. Tratava-se do Pr.Ricardo. Depois os
pequenos grupos foram se aglomerando até completar setenta e três pessoas, já
de bonezinho vermelho e mochila, que em poucos minutos partiriam em busca à realização
de um sonho: “Conquistar o Impossível”.
Sim! O título da caravana não
poderia ser mais propício. Ir à Terra Santa parecia um sonho muito distante
para muitos de nós, MAS A BOA MÃO DO SENHOR NOS AJUDOU.
Partimos de São Paulo e seguimos,
inicialmente, para um CITY TOUR EM ROMA que, apesar do
cansaço da viagem, pudemos conhecer as maravilhosas arquiteturas daquele lugar,
principalmente de locais bíblicos onde muitos ícones dos tempos da época
passaram tempo propagando a Palavra
de Deus, foram presos e torturados,
como é o caso de Paulo e Pedro. Vimos inclusive, a prisão onde os dois permaneceram
encarcerados. Também, aquele lugar, Roma, fez parte das quarenta e cinco horas
que ficamos sem tomar banho (eu e Flávia, por exemplo, saímos de Vila Velha/ES
as 07:00h da manhã do dia 17/01). Será que algum de nós já ficou tanto tempo
assim? Acho que aí começou nossa saga.
Aos poucos fomos nos conhecendo e
nos entrosando. Rapidamente nos sentimos fazendo parte de uma grande família.
Haviam muitos pastores, bispos, apóstolos, líderes de ministérios; porém, não
havia acepção de pessoas, crenças, dons e talentos. Éramos realmente uma grande
família. Algumas pessoas também estavam ali, a princípio para participar de uma
viagem de turismo, ou simplesmente, para acompanhar outras pessoas,
MAS
AÍ TAMBÉM, A BOA MÃO DO SENHOR NOS AJUDOU.
Finalmente chegamos ao começo do
nosso sonho. Pisamos em solo Israelense, no hotel em Tel-Aviv às quatro horas
da madrugada de 19/01/2014. Pudemos contemplar o amanhecer naquele lugar. Era o
início de um sonho que se tornava realidade.
Nada conseguimos fazer, a não ser
nos banhar com muito merecimento e dormir, até as 8:00 h, quando fomos
despertados do sono e do sonho, para a realidade de que já estávamos na Terra
Santa.
Saímos rumo a JERUSALÉM. Entramos no
ônibus e ainda meio que adormecidos fomos apresentados ao guia, TAMIR
que
nos acompanharia nos próximos dias em todos os lugares santos que sonhávamos
ver. O sono, o balanço do ônibus e a vós suave que nos cumprimentava dizendo:
boqer tov (bom dia) e embalava as primeiras explicações sobre Jerusalém, nos
levava a imaginar que estávamos mesmo sonhando e que estávamos vendo uma miragem.
Mas não era miragem. Era um ser maravilhoso que, com um carisma fraternal, fecha
todas as cortinas do ônibus, prepara um louvor ao fundo e depois, ao mesmo
tempo, ordena que se abram as cortinas e libera o louvor Jerusalém a Cidade Santa”. Foi a nossa entrada
triunfal naquela cidade santa onde até então só alcançávamos nos nossos sonhos,
nas fotos e filmes, tudo, às vezes muito irreais.
Iniciamos nossas conquistas
visitando o MUSEU DE ISRAEL, que foi
construído sobre “Monte da Sabedoria” e é cercado
pelo “Monte da Liderança” onde está
localizado o Parlamento de Israel. Estrategicamente, onde está sediado, o
Parlamento tem a vista do Palácio da Justiça para que sempre seja lembrado que
todos os atos passarão por julgamento; está em frente ao Monte da Sabedoria
para que as decisões sejam tomadas com sabedoria; e ainda avista-se o Monte das
Lembranças para que a história das
origens nunca se apaguem da
memória dos que lá trabalham. No museu, pudemos contemplar em sua área externa,
uma réplica de Jerusalém antiga, da época de Jesus, cercada por grande muralha.
A cidade começava do Monte Moriá,
ao lado do Vale Sidron (que separa o Monte Moriá e o Monte das Oliveiras). Na entrada,
o tanque de Siloé. Ao lado direito a cidade de Davi. Do lado esquerdo o rei Herodes
faz crescer a cidade e constrói o grande templo, o segundo; também já, destruído,
e onde hoje está construída uma mesquita muçulmana. Nosso guia nos informa que
Jerusalém foi destruída dezessete vezes.
Ainda na parte externa do museu
contemplamos de um lado um muro preto representando os “filhos das trevas” e de
outro lado a “Casa do Livro” (Monte das Lembranças), monumento em cujo
interior, estão expostos os originais dos manuscritos encontrados na Caverna
Qumran, próxima ao Mar Morto em 1947, além de vários objetos encontrados na época,
inclusive os vasos onde foram achados os manuscritos, além da Bíblia mais
antiga do mundo com cerca de 900 anos.
Mas as emoções estavam só
começando. Subimos pela Cidade de Davi, até o Jardim do Getsêmani, onde o nosso
Jesus passou por muitas experiências dolorosas, mas, a todas soube compreender
com sua infinita misericórdia. Lá subiu o monte para orar e pediu aos seus
discípulos que ficassem fazendo o mesmo; mas, quando retornou, os encontrou dormindo.
E NÓS? QUANTAS VEZES DORMIMOS QUANDO O SENHOR NOS ORDENA QUE
OREMOS E VIGIEMOS!
Naquele lugar também, Jesus foi
indicado por Judas, aos sacerdotes fariseus e dali foi levado para o
sacrifício. O lugar é cercado por muitas oliveiras, de onde sabemos é extraído
o azeite. Mas para isso, as olivas são exprimidas, esmagadas e moídas. Assim aconteceu
com Jesus. Saiu daquele lugar para ser moído e ferido pelas nossas transgressões.
Mas assim como as oliveiras nunca morrem, ou seja, quando um galho é arrancado
outro nasce no lugar, Jesus também não reviveu. Passou pelo sacrifício, mas
vive e habita em todos nós através do seu Espírito Santo.
No Getsêmani, houve ministração de
cânticos e da Palavra de Deus, através do Apostolo José Carlos. Os momentos seguintes
se seguiram em oração e quebrantamento de todos.
E as emoções continuaram. Seguindo
pela CIDADE DE DAVI, paramos no TANQUE
DE SILOÉ,
que se localiza dentro do complexo da Cidade de Davi, que foi responsável pela unificação
de todas as tribos e, na sequência, seu filho Salomão constrói o primeiro Templo.
No Tanque de Siloé todos nós tivemos a oportunidade de nos curar. Houve
ministração da Palavra. Naquele tanque, Jesus cura o cego e após, ordena que se
lave no tanque. Assim, também nós, tivemos a oportunidade de recebermos a cura
e, uma vez em Jerusalém, nos lavar de muitas coisas que só nós mesmos sabemos
e, por vezes só as
reconhecemos na intimidade do
nosso silêncio interior.
Uma vez lavados, nos dirigimos ao MURO
DAS LAMENTAÇÕES onde
encontramos grande mistura de raças e religiões. Àquele lugar foi o que restou
do Templo da época de Jesus. Hoje, encontramos o Templo Muçulmano da Cúpula
Dourada, Al-Aqsa (Cúpula da Rocha). Tudo que havia antes foi destruído! Restou
apenas o muro de aproximadamente 100 metros. Para nós, porém, não importa se
hoje está instalada aquela cúpula dourada. Importa-nos saber que naquele local
um dia foi o SANTO DOS SANTOS, local em que os
sacerdotes entravam uma vez por ano para oferecer sacrifícios ao
Senhor.
No Muro das Lamentações, grudamos
nossos pedidos nos orifícios do muro, oramos e nos quebrantamos diante do Senhor,
clamando por sua misericórdia sobre nossas vidas.
Mais emoções ainda naquele dia,
quando entramos no CENÁCULO em Monte Sião,
local de extrema importância para nós cristãos, em função da Santa Ceia, da
aparição de Jesus aos discípulos após a ressurreição, além da descida do
Espírito Santo de Deus (Pentecoste). E não foi diferente com o nosso grupo de
peregrinos. Lá o Espírito Santo
nos visitou através de muitas vidas, também se fez presente, houve ministração
da Palavra e muito derramar do Espírito. Grandes momentos vivemos naquele
lugar!
Aprendemos ainda com nosso sábio
Guia de Turismo, Tamir, que a importância do Cenáculo, não é particularidade
dos Judeus Messiânicos, mas também aos muçulmanos, haja vista que abaixo, nas
escavações, encontra-se o TÚMULO DE DAVI. Jerusalém é considerada
a terceira cidade santa do Islã. Os muçulmanos crêem que Deus usou profetas
para revelar escrituras aos homens. Consideram a revelação dada a Moisés, a
Taura (em sua linguagem
– Tora), a Davi foram dados os salmos
e a Jesus, o evangelho. Crêem ainda em Abrão e outros, porém o último que
considera o maior de todos foi Maomé. Consideram que Deus compôs suas mensagens
em escrituras, com ajuda dos profetas citados e outros, podendo eles extraírem
dali o Alcorão, livro sagrado para os muçulmanos.
A fome apertou. Como nem tudo pode
ser perfeito, fomos almoçar num restaurante armênio onde, literalmente, alguns
de nós continuaram com muita fome. Mas isso não nos tirou o apetite de
continuar conhecendo lugares santos e interagir com o grupo.
Esquecido o almoço, partimos para
conhecer o TÚMULO “VAZIO” DE JESUS. Quanta emoção!
Saber que o nosso Jesus esteve ali, morto por nossos pecados e hoje habita entre
nós VIVO, é mais do que contagiante. Não
dá para descrever com palavras o que sentimos. Naquele lugar foi celebrada a
Santa Ceia, até que Ele mesmo, Jesus, volte para nos buscar e aí então, cearmos
com Ele por toda a eternidade. Mas como não bastasse a emoção de participar
dessa Ceia, novo grande acontecimento encheu aquele lugar. Durante o apelo,
nossas irmãs Iesca e Giovana reconheceram Jesus como seu único e suficiente Salvador
e se derramaram diante Dele.
Hora de ir para o hotel e dormir
uma boa noite de sono, só que agora com alguns sonhos já reais.
Acordamos no dia 21, cedo, como
sempre, mas qualquer mau humor gerado pelo sono logo era dissipado com o largo
sorriso do nosso guia terrestre Tamir. Estávamos sendo guiados na terra por
homem de grande coração e sabedoria, que falava do nosso único Guia Espiritual,
Jesus, com tamanho amor e admiração que chegava a nos confundir com relação às
suas crenças.
Seguimos para o mirante do MONTE
DAS OLIVEIRAS.
Para chegarmos lá, passamos por bairros, hoje, habitados por muçulmanos, passamos
pelo Monte Moriá onde Abrão leva seu filho Isaque ao sacrifício (No Alcorão
essa história é relatada, porém, consta que o filho levado não foi Isaque e sim
Ismael que nasceu de Hagar). Tempos após Deus ordena a Salomão que construa no
mesmo monte, o primeiro templo (conhecido por nós como Templo de Salomão).
Aquele templo foi totalmente devastado por Herodes e logo após, cercado com
muralhas. Herodes criou uma explanada artificial e construiu o
segundo templo, àquele que Jesus
conheceu.
Do
Monte das Oliveiras, Jesus contempla o templo e profetiza que ele será
destruído.
O templo é destruído nos anos 70 d.C. pelo general romano Tito e seu exército.
Junto com o templo, toda a cidade de Jerusalém foi
destruída. O templo era localizado
no Monte Moriá, numa região denominada Haram Esh-Sherif. Desde então, não se
construiu novo templo judaico em
Jerusalém. Naquele lugar onde
antes existiram o primeiro e o segundo templo,
existe hoje uma mesquita chamada
de Kubbet es-Shkra (Domo da
Rocha) ou “Mesquita do Omar”.
No centro da mesquita existe uma rocha
onde são feitos sacrifícios dos muçulmanos. O local, também conhecido como “Esplanada
das Mesquitas” (contém a Mesquita de Al-Aqsa e o “Domo da Rocha”), ambas
construídas no século XII, tornou-se um dos locais mais disputados do mundo, já
que é explorado pelos judeus, que consideram o lugar sagrado em função de ter
sido no Monte Moriá que Abrão levou Isaque para o sacrifício; e, também é
explorado pelos muçulmanos que consideram que lá teria ocorrido o sacrifício de
Ismael. É o terceiro lugar mais sagrado do Islamismo, haja vista que os
muçulmanos o associam à viagem até Jerusalém e a ascensão de Muhammad ao
paraíso.
Logo abaixo do mirante do Monte
das Oliveiras vemos um cemitério, em cujas sepulturas se adota, até hoje o
costume judaico de deixar pedras acima de suas tampas (com a intenção de que
bichos não levem os corpos que lá estão
sepultados).
Continuando nossa peregrinação na
conquista das nossas impossibilidades, iniciamos uma descida de 1.100m até JERICÓ, considerada a
cidade mais antiga do mundo, e hoje é construída no estilo da cidade de
Jerusalém.
Antes de entrarmos na cidade,
visitamos o local onde foram achados os manuscritos próximos ao Mar Morto, há
12 km de Jericó.
Tivemos o privilégio de ver, de
perto, a CAVERNA DE QUNRAM, onde um
beduíno, pastor de ovelhas encontrou vários potes contendo rolos de pergaminho
e papiro, que continham inclusive o livro do Profeta Isaías. Ao todo, após
várias escavações no mosteiro de Qunram, 38 rolos foram encontrados em 11
cavernas, correspondentes a 19 livros do Antigo Testamento. Além disso, foram
encontrados 40 mil fragmentos (de papiro ou pergaminho) que ficaram danificados
em função da ira e ganância do beduíno que o encontrou, pensando tratar-se de
um tesouro (que para nós realmente é). Com esses fragmentos, foram
reconstituídas 500 partes históricas da Bíblia, sendo 100 delas pertencentes ao
Antigo Testamento.
Conhecemos também vários tanques
da época dos achados que eram utilizados para purificação. Visitamos ainda um
mini museu que continha alguns utensílios da época dos achados, tais como
sandálias, tiras, vasos, além de réplica dos manuscritos, haja vista que os originais
encontram no Museu de Israel como já dito antes.
De volta a Jericó, pudemos contemplar
a cidade, em sua forma original e também acidade atual, cuja arquitetura muito
se assemelha com a da Jerusalém antiga.
Paramos para almoçamos em um bom
restaurante, cujo cardápio era menos
típico e nos confraternizamos com
todo o grupo, cujos nomes de alguns, já
sabíamos dizer sem muito pensar.
No caminho de volta, passamos pela
ÁRVORE QUE ZAQUEU subiu para chamar a atenção de Jesus, e
avistamos um mosteiro ortodoxo grego instalado hoje no MONTE
DAS TENTAÇÕES onde
Jesus foi tentado durante quarenta dias e quarenta noites, sem ceder. Isso
nos leva a meditar sobre quantas vezes cedemos a pequenas tentações que nos
cercam todos os dias. Nesses momentos, deveríamos sempre lembrar-nos que Jesus
sofreu tentações que mexeram com Sua integridade física, mas, principalmente
com a possibilidade de se prevalecer dos poderes que tinha como filho do Pai,
porém, manteve-se firme. Se fez homem e honrou o Pai até o fim.
Continuamos a descida rumo ao MAR
MORTO cuja
concentração de sal é nove vezes mais forte que os oceanos. Cada gota de água
contém 33,7% de sal enquanto que nos oceanos esse percentual é de 3,6%. É
bastante conhecido pelas suas riquezas minerais, principalmente magnésio,
potássio e cálcio, além de outros não existentes em nenhum outro lugar do
mundo. O Mar Morto está 412m abaixo do nível do mar e é considerada a parte
mais baixa da terra.
No caminho para o Mar Morto, pudemos
contemplar de um lado, o deserto com as cabanas de beduínos. No local chove no
máximo duas vezes por mês. No Mar Morto muitos se banharam nas águas salgadas e
ainda, exercitaram sua fé untando seus corpos com a lama, rica em minerais para
curar suas mazelas.
Fim do dia 21. Jantamos e dormimos
num dos tantos maravilhosos hotéis reservado para nós. Muitos de nós
provavelmente sonhamos com os nossos sonhos que, parcialmente já eram
realidade.
Acordamos tristes. Já se
aproximava o dia em que nosso guia Tamir se despediria de nós. O destino
naquele dia era GALILÉIA e logo
descobrimos que nosso guia não tem nada de bobo. É na Galiléia, lugar
maravilhoso, que ele fixou residência juntamente com sua família.
No caminho, avistamos o VALE
AIALON,
onde Josué pediu a Deus que o sol parasse em frente aos olhos dos reis. No vale
ao lado, VALE DO ELÁ, tivemos
oportunidade de ver o local onde se travou a batalha em que Davi mata Golias
com um pequeno instrumento chamado “Meclá” em hebraico, propiciando a vitória
do Rei Saul sobre os Filisteus. Hoje vemos naquele local, muito verde, mantido
vivo através de irrigação. E por falar em irrigação, tivemos nosso conhecimento
mais aprofundado com a explicação sobre, como ocorre a irrigação que dá vida às
verduras, hortaliças e frutas que consumimos durante
toda a nossa jornada e que
alimenta todo o povo de Israel.
Nosso guia Tamir nos explicou
sobre as “gotinhas”, lembram-se? Está em nossa barriga agora e ainda tivemos a
oportunidade de contribuir para que outros que passem pela Terra Santa possam
alimentar-se. Afinal Israel tem uma população de 8 milhões de habitantes, cuja
principal fonte de renda vem da venda de tecnologia, e isso também nos leva ao
passado. O que Salomão pediu ao Senhor? SABEDORIA! E essa sabedoria se estende
até hoje, vide o exemplo das gotinhas, no reaproveitamento da água.
Bem; seguimos para o MONTE
CARMELO.
Do alto, vislumbramos o Vale de Jesreel que significa “Semear”, contemplamos
também o vale onde Débora sobe junto com Baraque para guerrear contra Sícera. Vimos
o Monte Gilboa onde Saul suicidou. Vimos o Monte Megido, Vale do Armagedon,
local que, conforme entendimento que a Bíblia nos dá, será travada a atalha
final contra
satanás. Vimos ainda o Vale Miller
que quer dizer “sal”. Nosso guia nos explicou que o sal foi, durante muito
tempo, moeda de troca para pagamento do salário dos trabalhadores da época,
vindo desta palavra a atual palavra “salário” por nós utilizada.
Partimos para NAZARÉ, lugar onde Jesus
viveu, e fomos ao MONTE DO
PRECIPÍCIO
(O
monte mais alto de Nazaré). Apesar de Nazaré ter sido o
local da infância de Jesus, poucos
cristãos habitam hoje no lugar. 80%
da população de Nazaré atualmente é
muçulmana. A arqueologia da
época de Jesus já foi toda sacrificada.
Pouca coisa restou.
Saímos de Nazaré para Caná
Moderna. Estivemos no local onde, antes, ainda como Caná antiga, na parte
subterrânea, encontra-se a talha original utilizada por Jesus para realização
do seu PRIMEIRO MILAGRE, “A
Transformação da Água em Vinho”. Hoje, já vista como Cana Moderna, está sendo
construído um templo católico, porém, as escavações abaixo foram mantidas.
Dali partimos para a o MONTE
DAS BEM AVENTURANÇAS,
onde como sabemos, Jesus pregou o “Sermão da Montanha” e onde hoje está
instalada uma Igreja Católica. Na época de Jesus, nas margens do Mar da
Galiléia habitavam muitos judeus e, por isso Jesus frenquentava regularmente
àquele lugar. Jesus sobe o monte para falar o Sermão, direcionando-o,
principalmente aos pobres de espírito, que em hebraico quer dizer “humildes”. O
caminho que percorremos de Nazaré até o monte, no confortável ônibus dirigido
pelo amado RUBEM, foi o mesmo que Jesus fez várias
vezes, caminhando pelo deserto. No Monte, entoamos louvores ao Senhor, a
Palavra foi ministrada e foram queimados os pedidos de muitos irmãos.
Assim encerraram-se as atividades
do dia 22, que, apesar de ser uma quarta feira, foi acompanhado de muitas “sextas
feiras” (banheiros), muitas compras, mas também e principalmente muita
ministração, oração e louvor.
O dia 23 começou com muitas
emoções. Fomos diretamente para o RIO JORDÃO, via Galiléia
para realização de Batismos, Confirmação de batismos e de Atos Proféticos. Ficamos
maravilhados pela decisão da Iesca e Geovana. Com certeza, houve grande festa
no céu. Duas vidas reconhecem Jesus como único Salvador em 20/01 e, três dias
depois confirmam sua aliança com o
Senhor através do batismo.
Após este maravilhoso acontecimento,
fomos agraciados com um belo passeio pelo MAR DA
GALILÉIA,
num barco que é uma réplica do barco da época de Jesus. Enquanto o barco
navegava pelo mar, a bandeira do Brasil foi hasteada, louvamos e oramos. Fechamos
a manhã com a degustação merecida de excelente peixe no “Restaurante de Pedro”.
Eu e Flávia comemos três bandejas completas. Logo após, visitamos TÁBGHA, local onde aconteceu
a “MULTIPLICAÇÃO DOS PEIXES”.
Visitamos em seguida PINA
DU PEDRI,
o local onde “JESUS APARECEU RESSUSCITADO”. Lá houve louvor
e ministração. Jesus pergunta a Pedro por três vezes: “Pedro, tu me amas? Essa passagem
está em João 21. É bom refletirmos sobre o fato de que Pedro, naquele momento,
poderia esperar uma bronca de Jesus por Tê-lo negado três vezes, mas, por
muitas vezes nos esquecemos que temos um Senhor perdoador e consciente das nossas
fraquezas e, ao invés de punir Pedro, Jesus lhe dá uma incumbência das mais
importantes: “Então apascente as minhas ovelhas”, Jesus não queria que a
lembrança de O negar, permanecesse na mente de Pedro, mas sim, tudo aquilo que
Ele (Jesus) havia ensinado aos seus discípulos: perdoar, evangelizar, pregar as
boas novas, apascentar e libertar os cativos em Seu nome. “Esse consolo
oferecido por Jesus restaurou a vida de Pedro que prosseguiu com o ministério
de Jesus”.
Partimos para CAFARNAUM
e
chegamos à SINAGOGA ONDE JESUS CUROU NUM SÁBADO, um homem de mão
mirrada e foi recriminado pelos fariseus. Hoje os
Israelenses continuam guardando o sábado, limitando-se apenas à adoração a Deus.
Seguimos para a CASA
DE PEDRO,
mas antes fizemos uma pequena homenagem ao nosso guia Tamir, com uma mensagem
que, entre outras coisas diz: “Gostaríamos de dizer que aprendemos a amar você,
com o amor fraterno que Jesus nos ensinou, e que esse amor possa continuar nos
unindo cada vez mais”. Tentamos também, com nosso pouco talento entoar um
louvor que diz, entre outras palavras: “O que nos
une é muito mais que as nossas diferenças. O que nos une é muito mais que as
religiões. O que nos une é mais profundo do que imaginamos. Está além do
conhecimento e do nosso entendimento... Você é meu irmão, faz parte de mim, nos
fomos amados, sarados e curados por esse amor”.
Finalmente partimos para a visita
à casa de Pedro onde, acima dela hoje, existe um templo bizantino. Esse templo
foi construído sobre alguns pilares que
deixam à mostra a casa de Pedro em
sua totalidade. No local existe também
uma estátua de Pedro esculpida em bronze.
E como Cafarnaum é lugar de passagem, lugar de rota, nossa jornada em Israel se
finaliza.
E agora? Será realmente o fim? Tamir
se despediu de todos nós e seguimos rumo à Jordânia, com a ajuda de Deus e orientação
de Lourenzo, nosso novo guia.
Ainda realizamos várias visitas
importantes:
Fomos ao VALE
DE JABOQUE,
onde Jacó lutou com o anjo. Vimos o Monte Gileade. Conhecemos o RIO
JORDÃO PELO LADO JORDANIANO. Conhecemos o MEMORIAL DE
ELIAS,
local onde Elias subiu para o céu num carro de fogo. Conhecemos o local onde
supostamente ocorreu o Batismo de Jesus (num braço do rio). Vimos a Terra dos Moabitas.
Vimos tendas dos beduínos no deserto, chamadas Raimas. Estivemos no MONTE
NEBO de
onde Moisés olhou a Terra Prometida e onde hoje está edificada a
Igreja da Cruz Serpenteada. E
conhecemos AMAN, a capital da Jordânia.
No dia 26, seguimos para PETRA, cidade
considerada a 7ª MARAVILHA DO MUNDO, onde foi
filmado um dos filmes Indiana Jones e a novela global “Bem Viver”.
No momento em que escrevia essas
passagens estávamos no ônibus, seguindo de volta para Israel. E isso foi muito
bom, pois retornamos para o local do nosso sonho realizado.
Fomos para Israel numa caravana
cujo nome é: CONQUISTANDO O IMPOSSÍVEL, através de uma
companhia de Turismo chamada TERRA SANTA
VIAGENS, com
setenta e três pessoas sedentas de conhecer um estado chamado ISRAEL
que
tem uma capital chamada JERUSALÉM, onde habitou JESUS
CRISTO.
Havia condição de alguma coisa sair errada?
As vezes brincamos aqui que,
moramos num Estado chamado ESPÍRITO SANTO, cuja capital é VITÓRIA, e nossa igreja
é IGREJA DE NOVA VIDA está localizada
no bairro chamado DIVINO ESPÍRITO SANTO. Dá para sair
algo errado?
Creio que todos nós conseguimos
realizar nosso sonho. Nós conquistamos o que era impossível para muitos de nós,
e pela fé estamos nós aqui em nossos lares, saudosos, mas com o firme propósito
de um dia voltar.
E
AGORA?????? O QUE MUDARÁ EM NOSSAS VIDAS? Será que só o banheiro será sexta
feira? Será que sempre teremos alguém para tossir quando dissermos nossas
verdades? Será que só nos recordaremos de tudo quando olharmos as tantas
lembrancinhas compradas nos diversos mercados em cima dos nossos móveis? Não!
Claro que não.
Nós conquistamos o nosso
impossível, logo, não é possível continuarmos sendo como éramos. O Deus que
servimos, com toda certeza estará muito mais vivo em nossa mente e coração.
Cada lugar que passamos, o encontramos e vivemos Sua vida, pois tudo Ele criou
e formou. Com toda certeza O trouxemos conosco mais vivo que nunca. Podemos ainda
dizer: “ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR”.
Que Ele possa continuar nos
ajudando em nossos lares, em nossa vida e para todo o sempre. Amem!
Com muito amor a todos que
conhecemos.
Lena e Flavia
Vila Velha, 13 de fevereiro de 2014
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