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sexta-feira, 14 de março de 2014

CRÔNICAS DE UMA VIAGEM RUMO À “CONQUISTA DO IMPOSSÍVEL” (Escrito por passageiras da Terra Santa Viagens)

No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, aos poucos se formavam pequenos grupos. Logo avistamos uma figura que se destacava entre as demais, a princípio com cara de poucos amigos, mas depois pudemos constatar ser pessoa de coração amanteigado, escondida atrás daquele ar de durão. Tratava-se do Pr.Ricardo. Depois os pequenos grupos foram se aglomerando até completar setenta e três pessoas, já de bonezinho vermelho e mochila, que em poucos minutos partiriam em busca à realização de um sonho: “Conquistar o Impossível”.

Sim! O título da caravana não poderia ser mais propício. Ir à Terra Santa parecia um sonho muito distante para muitos de nós, MAS A BOA MÃO DO SENHOR NOS AJUDOU.

Partimos de São Paulo e seguimos, inicialmente, para um CITY TOUR EM ROMA que, apesar do cansaço da viagem, pudemos conhecer as maravilhosas arquiteturas daquele lugar, principalmente de locais bíblicos onde muitos ícones dos tempos da época passaram tempo propagando a Palavra
de Deus, foram presos e torturados, como é o caso de Paulo e Pedro. Vimos inclusive, a prisão onde os dois permaneceram encarcerados. Também, aquele lugar, Roma, fez parte das quarenta e cinco horas que ficamos sem tomar banho (eu e Flávia, por exemplo, saímos de Vila Velha/ES as 07:00h da manhã do dia 17/01). Será que algum de nós já ficou tanto tempo assim? Acho que aí começou nossa saga.

Aos poucos fomos nos conhecendo e nos entrosando. Rapidamente nos sentimos fazendo parte de uma grande família. Haviam muitos pastores, bispos, apóstolos, líderes de ministérios; porém, não havia acepção de pessoas, crenças, dons e talentos. Éramos realmente uma grande família. Algumas pessoas também estavam ali, a princípio para participar de uma viagem de turismo, ou simplesmente, para acompanhar outras pessoas,
MAS AÍ TAMBÉM, A BOA MÃO DO SENHOR NOS AJUDOU.

Finalmente chegamos ao começo do nosso sonho. Pisamos em solo Israelense, no hotel em Tel-Aviv às quatro horas da madrugada de 19/01/2014. Pudemos contemplar o amanhecer naquele lugar. Era o início de um sonho que se tornava realidade.

Nada conseguimos fazer, a não ser nos banhar com muito merecimento e dormir, até as 8:00 h, quando fomos despertados do sono e do sonho, para a realidade de que já estávamos na Terra Santa.

Saímos rumo a JERUSALÉM. Entramos no ônibus e ainda meio que adormecidos fomos apresentados ao guia, TAMIR que nos acompanharia nos próximos dias em todos os lugares santos que sonhávamos ver. O sono, o balanço do ônibus e a vós suave que nos cumprimentava dizendo: boqer tov (bom dia) e embalava as primeiras explicações sobre Jerusalém, nos levava a imaginar que estávamos mesmo sonhando e que estávamos vendo uma miragem. Mas não era miragem. Era um ser maravilhoso que, com um carisma fraternal, fecha todas as cortinas do ônibus, prepara um louvor ao fundo e depois, ao mesmo tempo, ordena que se abram as cortinas e libera o louvor  Jerusalém a Cidade Santa”. Foi a nossa entrada triunfal naquela cidade santa onde até então só alcançávamos nos nossos sonhos, nas fotos e filmes, tudo, às vezes muito irreais.

Iniciamos nossas conquistas visitando o MUSEU DE ISRAEL, que foi construído sobre “Monte da Sabedoria” e é cercado pelo “Monte da Liderança” onde está localizado o Parlamento de Israel. Estrategicamente, onde está sediado, o Parlamento tem a vista do Palácio da Justiça para que sempre seja lembrado que todos os atos passarão por julgamento; está em frente ao Monte da Sabedoria para que as decisões sejam tomadas com sabedoria; e ainda avista-se o Monte das Lembranças para que a história das
origens nunca se apaguem da memória dos que lá trabalham. No museu, pudemos contemplar em sua área externa, uma réplica de Jerusalém antiga, da época de Jesus, cercada por grande muralha.

A cidade começava do Monte Moriá, ao lado do Vale Sidron (que separa o Monte Moriá e o Monte das Oliveiras). Na entrada, o tanque de Siloé. Ao lado direito a cidade de Davi. Do lado esquerdo o rei Herodes faz crescer a cidade e constrói o grande templo, o segundo; também já, destruído, e onde hoje está construída uma mesquita muçulmana. Nosso guia nos informa que Jerusalém foi destruída dezessete vezes.

Ainda na parte externa do museu contemplamos de um lado um muro preto representando os “filhos das trevas” e de outro lado a “Casa do Livro” (Monte das Lembranças), monumento em cujo interior, estão expostos os originais dos manuscritos encontrados na Caverna Qumran, próxima ao Mar Morto em 1947, além de vários objetos encontrados na época, inclusive os vasos onde foram achados os manuscritos, além da Bíblia mais antiga do mundo com cerca de 900 anos.

Mas as emoções estavam só começando. Subimos pela Cidade de Davi, até o Jardim do Getsêmani, onde o nosso Jesus passou por muitas experiências dolorosas, mas, a todas soube compreender com sua infinita misericórdia. Lá subiu o monte para orar e pediu aos seus discípulos que ficassem fazendo o mesmo; mas, quando retornou, os encontrou dormindo. E NÓS? QUANTAS VEZES DORMIMOS QUANDO O SENHOR NOS ORDENA QUE OREMOS E VIGIEMOS!

Naquele lugar também, Jesus foi indicado por Judas, aos sacerdotes fariseus e dali foi levado para o sacrifício. O lugar é cercado por muitas oliveiras, de onde sabemos é extraído o azeite. Mas para isso, as olivas são exprimidas, esmagadas e moídas. Assim aconteceu com Jesus. Saiu daquele lugar para ser moído e ferido pelas nossas transgressões. Mas assim como as oliveiras nunca morrem, ou seja, quando um galho é arrancado outro nasce no lugar, Jesus também não reviveu. Passou pelo sacrifício, mas vive e habita em todos nós através do seu Espírito Santo.

No Getsêmani, houve ministração de cânticos e da Palavra de Deus, através do Apostolo José Carlos. Os momentos seguintes se seguiram em oração e quebrantamento de todos.

E as emoções continuaram. Seguindo pela CIDADE DE DAVI, paramos no TANQUE DE SILOÉ, que se localiza dentro do complexo da Cidade de Davi, que foi responsável pela unificação de todas as tribos e, na sequência, seu filho Salomão constrói o primeiro Templo. No Tanque de Siloé todos nós tivemos a oportunidade de nos curar. Houve ministração da Palavra. Naquele tanque, Jesus cura o cego e após, ordena que se lave no tanque. Assim, também nós, tivemos a oportunidade de recebermos a cura e, uma vez em Jerusalém, nos lavar de muitas coisas que só nós mesmos sabemos e, por vezes só as
reconhecemos na intimidade do nosso silêncio interior.

Uma vez lavados, nos dirigimos ao MURO DAS LAMENTAÇÕES onde encontramos grande mistura de raças e religiões. Àquele lugar foi o que restou do Templo da época de Jesus. Hoje, encontramos o Templo Muçulmano da Cúpula Dourada, Al-Aqsa (Cúpula da Rocha). Tudo que havia antes foi destruído! Restou apenas o muro de aproximadamente 100 metros. Para nós, porém, não importa se hoje está instalada aquela cúpula dourada. Importa-nos saber que naquele local um dia foi o SANTO DOS SANTOS, local em que os sacerdotes entravam uma vez por ano para oferecer sacrifícios ao
Senhor.

No Muro das Lamentações, grudamos nossos pedidos nos orifícios do muro, oramos e nos quebrantamos diante do Senhor, clamando por sua misericórdia sobre nossas vidas.

Mais emoções ainda naquele dia, quando entramos no CENÁCULO em Monte Sião, local de extrema importância para nós cristãos, em função da Santa Ceia, da aparição de Jesus aos discípulos após a ressurreição, além da descida do Espírito Santo de Deus (Pentecoste). E não foi diferente com o nosso grupo de
peregrinos. Lá o Espírito Santo nos visitou através de muitas vidas, também se fez presente, houve ministração da Palavra e muito derramar do Espírito. Grandes momentos vivemos naquele lugar!

Aprendemos ainda com nosso sábio Guia de Turismo, Tamir, que a importância do Cenáculo, não é particularidade dos Judeus Messiânicos, mas também aos muçulmanos, haja vista que abaixo, nas escavações, encontra-se o TÚMULO DE DAVI. Jerusalém é considerada a terceira cidade santa do Islã. Os muçulmanos crêem que Deus usou profetas para revelar escrituras aos homens. Consideram a revelação dada a Moisés, a Taura (em sua linguagem
– Tora), a Davi foram dados os salmos e a Jesus, o evangelho. Crêem ainda em Abrão e outros, porém o último que considera o maior de todos foi Maomé. Consideram que Deus compôs suas mensagens em escrituras, com ajuda dos profetas citados e outros, podendo eles extraírem dali o Alcorão, livro sagrado para os muçulmanos.

A fome apertou. Como nem tudo pode ser perfeito, fomos almoçar num restaurante armênio onde, literalmente, alguns de nós continuaram com muita fome. Mas isso não nos tirou o apetite de continuar conhecendo lugares santos e interagir com o grupo.


Esquecido o almoço, partimos para conhecer o TÚMULO “VAZIO” DE JESUS. Quanta emoção! Saber que o nosso Jesus esteve ali, morto por nossos pecados e hoje habita entre nós VIVO, é mais do que contagiante. Não dá para descrever com palavras o que sentimos. Naquele lugar foi celebrada a Santa Ceia, até que Ele mesmo, Jesus, volte para nos buscar e aí então, cearmos com Ele por toda a eternidade. Mas como não bastasse a emoção de participar dessa Ceia, novo grande acontecimento encheu aquele lugar. Durante o apelo, nossas irmãs Iesca e Giovana reconheceram Jesus como seu único e suficiente Salvador e se derramaram diante Dele.

Hora de ir para o hotel e dormir uma boa noite de sono, só que agora com alguns sonhos já reais.

Acordamos no dia 21, cedo, como sempre, mas qualquer mau humor gerado pelo sono logo era dissipado com o largo sorriso do nosso guia terrestre Tamir. Estávamos sendo guiados na terra por homem de grande coração e sabedoria, que falava do nosso único Guia Espiritual, Jesus, com tamanho amor e admiração que chegava a nos confundir com relação às suas crenças.

Seguimos para o mirante do MONTE DAS OLIVEIRAS. Para chegarmos lá, passamos por bairros, hoje, habitados por muçulmanos, passamos pelo Monte Moriá onde Abrão leva seu filho Isaque ao sacrifício (No Alcorão essa história é relatada, porém, consta que o filho levado não foi Isaque e sim Ismael que nasceu de Hagar). Tempos após Deus ordena a Salomão que construa no mesmo monte, o primeiro templo (conhecido por nós como Templo de Salomão). Aquele templo foi totalmente devastado por Herodes e logo após, cercado com muralhas. Herodes criou uma explanada artificial e construiu o
segundo templo, àquele que Jesus conheceu.

Do Monte das Oliveiras, Jesus contempla o templo e profetiza que ele será destruído. O templo é destruído nos anos 70 d.C. pelo general romano Tito e seu exército. Junto com o templo, toda a cidade de Jerusalém foi
destruída. O templo era localizado no Monte Moriá, numa região denominada Haram Esh-Sherif. Desde então, não se construiu novo templo judaico em
Jerusalém. Naquele lugar onde antes existiram o primeiro e o segundo templo,
existe hoje uma mesquita chamada de Kubbet es-Shkra (Domo da
Rocha) ou “Mesquita do Omar”.

No centro da mesquita existe uma rocha onde são feitos sacrifícios dos muçulmanos. O local, também conhecido como “Esplanada das Mesquitas” (contém a Mesquita de Al-Aqsa e o “Domo da Rocha”), ambas construídas no século XII, tornou-se um dos locais mais disputados do mundo, já que é explorado pelos judeus, que consideram o lugar sagrado em função de ter sido no Monte Moriá que Abrão levou Isaque para o sacrifício; e, também é explorado pelos muçulmanos que consideram que lá teria ocorrido o sacrifício de Ismael. É o terceiro lugar mais sagrado do Islamismo, haja vista que os muçulmanos o associam à viagem até Jerusalém e a ascensão de Muhammad ao paraíso.

Logo abaixo do mirante do Monte das Oliveiras vemos um cemitério, em cujas sepulturas se adota, até hoje o costume judaico de deixar pedras acima de suas tampas (com a intenção de que bichos não levem os corpos que lá estão
sepultados).

Continuando nossa peregrinação na conquista das nossas impossibilidades, iniciamos uma descida de 1.100m até JERICÓ, considerada a cidade mais antiga do mundo, e hoje é construída no estilo da cidade de Jerusalém.
Antes de entrarmos na cidade, visitamos o local onde foram achados os manuscritos próximos ao Mar Morto, há 12 km de Jericó.

Tivemos o privilégio de ver, de perto, a CAVERNA DE QUNRAM, onde um beduíno, pastor de ovelhas encontrou vários potes contendo rolos de pergaminho e papiro, que continham inclusive o livro do Profeta Isaías. Ao todo, após várias escavações no mosteiro de Qunram, 38 rolos foram encontrados em 11 cavernas, correspondentes a 19 livros do Antigo Testamento. Além disso, foram encontrados 40 mil fragmentos (de papiro ou pergaminho) que ficaram danificados em função da ira e ganância do beduíno que o encontrou, pensando tratar-se de um tesouro (que para nós realmente é). Com esses fragmentos, foram reconstituídas 500 partes históricas da Bíblia, sendo 100 delas pertencentes ao Antigo Testamento.

Conhecemos também vários tanques da época dos achados que eram utilizados para purificação. Visitamos ainda um mini museu que continha alguns utensílios da época dos achados, tais como sandálias, tiras, vasos, além de réplica dos manuscritos, haja vista que os originais encontram no Museu de Israel como já dito antes.

De volta a Jericó, pudemos contemplar a cidade, em sua forma original e também acidade atual, cuja arquitetura muito se assemelha com a da Jerusalém antiga.

Paramos para almoçamos em um bom restaurante, cujo cardápio era menos
típico e nos confraternizamos com todo o grupo, cujos nomes de alguns, já
sabíamos dizer sem muito pensar.

No caminho de volta, passamos pela ÁRVORE QUE ZAQUEU subiu para chamar a atenção de Jesus, e avistamos um mosteiro ortodoxo grego instalado hoje no MONTE DAS TENTAÇÕES onde Jesus foi tentado durante quarenta dias e quarenta noites, sem ceder. Isso nos leva a meditar sobre quantas vezes cedemos a pequenas tentações que nos cercam todos os dias. Nesses momentos, deveríamos sempre lembrar-nos que Jesus sofreu tentações que mexeram com Sua integridade física, mas, principalmente com a possibilidade de se prevalecer dos poderes que tinha como filho do Pai, porém, manteve-se firme. Se fez homem e honrou o Pai até o fim.

Continuamos a descida rumo ao MAR MORTO cuja concentração de sal é nove vezes mais forte que os oceanos. Cada gota de água contém 33,7% de sal enquanto que nos oceanos esse percentual é de 3,6%. É bastante conhecido pelas suas riquezas minerais, principalmente magnésio, potássio e cálcio, além de outros não existentes em nenhum outro lugar do mundo. O Mar Morto está 412m abaixo do nível do mar e é considerada a parte mais baixa da terra.

No caminho para o Mar Morto, pudemos contemplar de um lado, o deserto com as cabanas de beduínos. No local chove no máximo duas vezes por mês. No Mar Morto muitos se banharam nas águas salgadas e ainda, exercitaram sua fé untando seus corpos com a lama, rica em minerais para curar suas mazelas.

Fim do dia 21. Jantamos e dormimos num dos tantos maravilhosos hotéis reservado para nós. Muitos de nós provavelmente sonhamos com os nossos sonhos que, parcialmente já eram realidade.

Acordamos tristes. Já se aproximava o dia em que nosso guia Tamir se despediria de nós. O destino naquele dia era GALILÉIA e logo descobrimos que nosso guia não tem nada de bobo. É na Galiléia, lugar maravilhoso, que ele fixou residência juntamente com sua família.

No caminho, avistamos o VALE AIALON, onde Josué pediu a Deus que o sol parasse em frente aos olhos dos reis. No vale ao lado, VALE DO ELÁ, tivemos oportunidade de ver o local onde se travou a batalha em que Davi mata Golias com um pequeno instrumento chamado “Meclá” em hebraico, propiciando a vitória do Rei Saul sobre os Filisteus. Hoje vemos naquele local, muito verde, mantido vivo através de irrigação. E por falar em irrigação, tivemos nosso conhecimento mais aprofundado com a explicação sobre, como ocorre a irrigação que dá vida às verduras, hortaliças e frutas que consumimos durante
toda a nossa jornada e que alimenta todo o povo de Israel.

Nosso guia Tamir nos explicou sobre as “gotinhas”, lembram-se? Está em nossa barriga agora e ainda tivemos a oportunidade de contribuir para que outros que passem pela Terra Santa possam alimentar-se. Afinal Israel tem uma população de 8 milhões de habitantes, cuja principal fonte de renda vem da venda de tecnologia, e isso também nos leva ao passado. O que Salomão pediu ao Senhor? SABEDORIA! E essa sabedoria se estende até hoje, vide o exemplo das gotinhas, no reaproveitamento da água.

Bem; seguimos para o MONTE CARMELO. Do alto, vislumbramos o Vale de Jesreel que significa “Semear”, contemplamos também o vale onde Débora sobe junto com Baraque para guerrear contra Sícera. Vimos o Monte Gilboa onde Saul suicidou. Vimos o Monte Megido, Vale do Armagedon, local que, conforme entendimento que a Bíblia nos dá, será travada a atalha final contra
satanás. Vimos ainda o Vale Miller que quer dizer “sal”. Nosso guia nos explicou que o sal foi, durante muito tempo, moeda de troca para pagamento do salário dos trabalhadores da época, vindo desta palavra a atual palavra “salário” por nós utilizada.

Partimos para NAZARÉ, lugar onde Jesus viveu, e fomos ao MONTE DO
PRECIPÍCIO (O monte mais alto de Nazaré). Apesar de Nazaré ter sido o
local da infância de Jesus, poucos cristãos habitam hoje no lugar. 80%
da população de Nazaré atualmente é muçulmana. A arqueologia da
época de Jesus já foi toda sacrificada. Pouca coisa restou.

Saímos de Nazaré para Caná Moderna. Estivemos no local onde, antes, ainda como Caná antiga, na parte subterrânea, encontra-se a talha original utilizada por Jesus para realização do seu PRIMEIRO MILAGRE, “A Transformação da Água em Vinho”. Hoje, já vista como Cana Moderna, está sendo construído um templo católico, porém, as escavações abaixo foram mantidas.

Dali partimos para a o MONTE DAS BEM AVENTURANÇAS, onde como sabemos, Jesus pregou o “Sermão da Montanha” e onde hoje está instalada uma Igreja Católica. Na época de Jesus, nas margens do Mar da Galiléia habitavam muitos judeus e, por isso Jesus frenquentava regularmente àquele lugar. Jesus sobe o monte para falar o Sermão, direcionando-o, principalmente aos pobres de espírito, que em hebraico quer dizer “humildes”. O caminho que percorremos de Nazaré até o monte, no confortável ônibus dirigido pelo amado RUBEM, foi o mesmo que Jesus fez várias vezes, caminhando pelo deserto. No Monte, entoamos louvores ao Senhor, a Palavra foi ministrada e foram queimados os pedidos de muitos irmãos.

Assim encerraram-se as atividades do dia 22, que, apesar de ser uma quarta feira, foi acompanhado de muitas “sextas feiras” (banheiros), muitas compras, mas também e principalmente muita ministração, oração e louvor.

O dia 23 começou com muitas emoções. Fomos diretamente para o RIO JORDÃO, via Galiléia para realização de Batismos, Confirmação de batismos e de Atos Proféticos. Ficamos maravilhados pela decisão da Iesca e Geovana. Com certeza, houve grande festa no céu. Duas vidas reconhecem Jesus como único Salvador em 20/01 e, três dias depois confirmam sua aliança com o
Senhor através do batismo.

Após este maravilhoso acontecimento, fomos agraciados com um belo passeio pelo MAR DA GALILÉIA, num barco que é uma réplica do barco da época de Jesus. Enquanto o barco navegava pelo mar, a bandeira do Brasil foi hasteada, louvamos e oramos. Fechamos a manhã com a degustação merecida de excelente peixe no “Restaurante de Pedro”. Eu e Flávia comemos três bandejas completas. Logo após, visitamos TÁBGHA, local onde aconteceu a “MULTIPLICAÇÃO DOS PEIXES”.

Visitamos em seguida PINA DU PEDRI, o local onde “JESUS APARECEU RESSUSCITADO”. Lá houve louvor e ministração. Jesus pergunta a Pedro por três vezes: “Pedro, tu me amas? Essa passagem está em João 21. É bom refletirmos sobre o fato de que Pedro, naquele momento, poderia esperar uma bronca de Jesus por Tê-lo negado três vezes, mas, por muitas vezes nos esquecemos que temos um Senhor perdoador e consciente das nossas fraquezas e, ao invés de punir Pedro, Jesus lhe dá uma incumbência das mais importantes: “Então apascente as minhas ovelhas”, Jesus não queria que a lembrança de O negar, permanecesse na mente de Pedro, mas sim, tudo aquilo que Ele (Jesus) havia ensinado aos seus discípulos: perdoar, evangelizar, pregar as boas novas, apascentar e libertar os cativos em Seu nome. “Esse consolo oferecido por Jesus restaurou a vida de Pedro que prosseguiu com o ministério de Jesus”.

Partimos para CAFARNAUM e chegamos à SINAGOGA ONDE JESUS CUROU NUM SÁBADO, um homem de mão mirrada e foi recriminado pelos fariseus. Hoje os Israelenses continuam guardando o sábado, limitando-se apenas à adoração a Deus.

Seguimos para a CASA DE PEDRO, mas antes fizemos uma pequena homenagem ao nosso guia Tamir, com uma mensagem que, entre outras coisas diz: “Gostaríamos de dizer que aprendemos a amar você, com o amor fraterno que Jesus nos ensinou, e que esse amor possa continuar nos unindo cada vez mais”. Tentamos também, com nosso pouco talento entoar um louvor que diz, entre outras palavras: “O que nos une é muito mais que as nossas diferenças. O que nos une é muito mais que as religiões. O que nos une é mais profundo do que imaginamos. Está além do conhecimento e do nosso entendimento... Você é meu irmão, faz parte de mim, nos fomos amados, sarados e curados por esse amor”.

Finalmente partimos para a visita à casa de Pedro onde, acima dela hoje, existe um templo bizantino. Esse templo foi construído sobre alguns pilares que
deixam à mostra a casa de Pedro em sua totalidade. No local existe também
uma estátua de Pedro esculpida em bronze. E como Cafarnaum é lugar de passagem, lugar de rota, nossa jornada em Israel se finaliza.

E agora? Será realmente o fim? Tamir se despediu de todos nós e seguimos rumo à Jordânia, com a ajuda de Deus e orientação de Lourenzo, nosso novo guia.

Ainda realizamos várias visitas importantes:
Fomos ao VALE DE JABOQUE, onde Jacó lutou com o anjo. Vimos o Monte Gileade. Conhecemos o RIO JORDÃO PELO LADO JORDANIANO. Conhecemos o MEMORIAL DE ELIAS, local onde Elias subiu para o céu num carro de fogo. Conhecemos o local onde supostamente ocorreu o Batismo de Jesus (num braço do rio). Vimos a Terra dos Moabitas. Vimos tendas dos beduínos no deserto, chamadas Raimas. Estivemos no MONTE NEBO de onde Moisés olhou a Terra Prometida e onde hoje está edificada a
Igreja da Cruz Serpenteada. E conhecemos AMAN, a capital da Jordânia.
No dia 26, seguimos para PETRA, cidade considerada a 7ª MARAVILHA DO MUNDO, onde foi filmado um dos filmes Indiana Jones e a novela global “Bem Viver”.

No momento em que escrevia essas passagens estávamos no ônibus, seguindo de volta para Israel. E isso foi muito bom, pois retornamos para o local do nosso sonho realizado.

Fomos para Israel numa caravana cujo nome é: CONQUISTANDO O IMPOSSÍVEL, através de uma companhia de Turismo chamada TERRA SANTA VIAGENS, com setenta e três pessoas sedentas de conhecer um estado chamado ISRAEL que tem uma capital chamada JERUSALÉM, onde habitou JESUS CRISTO. Havia condição de alguma coisa sair errada?

As vezes brincamos aqui que, moramos num Estado chamado ESPÍRITO SANTO, cuja capital é VITÓRIA, e nossa igreja é IGREJA DE NOVA VIDA está localizada no bairro chamado DIVINO ESPÍRITO SANTO. Dá para sair algo errado?

Creio que todos nós conseguimos realizar nosso sonho. Nós conquistamos o que era impossível para muitos de nós, e pela fé estamos nós aqui em nossos lares, saudosos, mas com o firme propósito de um dia voltar.

E AGORA?????? O QUE MUDARÁ EM NOSSAS VIDAS? Será que só o banheiro será sexta feira? Será que sempre teremos alguém para tossir quando dissermos nossas verdades? Será que só nos recordaremos de tudo quando olharmos as tantas lembrancinhas compradas nos diversos mercados em cima dos nossos móveis? Não! Claro que não.

Nós conquistamos o nosso impossível, logo, não é possível continuarmos sendo como éramos. O Deus que servimos, com toda certeza estará muito mais vivo em nossa mente e coração. Cada lugar que passamos, o encontramos e vivemos Sua vida, pois tudo Ele criou e formou. Com toda certeza O trouxemos conosco mais vivo que nunca. Podemos ainda dizer: “ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR”.

Que Ele possa continuar nos ajudando em nossos lares, em nossa vida e para todo o sempre. Amem!

Com muito amor a todos que conhecemos.

Lena e Flavia

Vila Velha, 13 de fevereiro de 2014

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