A FAA
(Administração da Aviação Federal), agência que supervisiona o setor nos EUA,
anunciou nesta quinta-feira (31) que liberou companhias aéreas para que
expandam o uso de eletrônicos durante todo o voo. Isso deve valer a partir do
"fim deste ano", segundo o órgão.
Os
eletrônicos deverão estar guardados (mesmo que não desligados) no bolso do
assento que está à frente do passageiro durante a decolagem e a aterrissagem.
Os celulares terão de estar no "modo avião", ou com a conectividade
celular desativada --ou seja, as ligações continuam proibidas.
Até hoje, o
uso de aparelhos móveis, como celulares, tablets e computadores, era proibido
durante decolagem e aterrissagem, já que se presumia uma interferência que
ofereceria um risco a esses momentos, críticos para a operação da aeronave.
Isso não
necessariamente significa que todas as empresas permitirão o uso irrestrito dos
eletrônicos --elas terão de provar que seus aviões são seguros o suficiente
para isso, o que a FAA espera que aconteça "por volta do fim deste
ano".
A decisão
foi tomada depois de anos de disputas. A FAA diz que teve "a contribuição
de um grupo de especialistas que inclui representantes das aéreas, fabricantes
de aviões, passageiros, pilotos, tripulação e da indústria de dispositivos
móveis."
"Em
raros casos de baixa visibilidade", disse a FAA, "passageiros serão
orientados a desligar seus aparelhos durante a aterrissagem."
"Acreditamos
que nossa decisão de hoje honra tanto nosso compromisso com a segurança quanto
o desejo dos passageiros de usar os dispositivos eletrônicos durante toda as
fases de seus voos", disse o secretário federal de transportes, Anthony
Foxx, por meio do comunicado que anunciou a medida.
BRIGA
Em outubro
do ano passado, depois de meses de pressão do público e da imprensa, a FAA
finalmente disse que começaria a revisar suas políticas de uso em todas as
fases do voo.
Foi
analisado, entre outros documentos, um relatório
anual emitido pela Nasa que compila casos envolvendo dispositivos
eletrônicos em aviões. Nenhum desses episódios tem produzido evidências
científicas de que um dispositivo pode prejudicar o funcionamento
de um avião. Relatos de tal interferência têm sido pura especulação por parte
de pilotos sobre a causa de um problema.
Fonte:
Folha.com
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