A
costuteira Josefa Bezerra, de 46 anos, foi assassinada dentro de uma igreja
evangélica em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, depois do assassinato de uma
evangélica a tiros em Caruaru (PE), líderes evangélicos criticam a cobertura
desigual da mídia. Josefa Bezerra da Silva foi morta por um pedreiro que tinha
intenção de acertar seus próprios filhos por irem à igreja.
O
crime aconteceu porque o pai de frequentadores da Casa de Oração Igreja
Evangélica Betel Pentecostal não aceitava que eles tivessem se tornado
evangélicos. Josefa foi atingida em meio aos tiros intencionados a acertar os
filhos do pedreiro, Vicente Henrique de Andrade, 50 anos.
“Se
fosse um pai que não aceitasse a decisão de seu filho de tornar-se um gay e
resolvesse matá-lo? Como reagiria a imprensa?” questionou o blogueiro e
Francisco Evangelista, membro da Assembleia de Deus em Petrolina (PE).
“Com
certeza as manchetes seriam dominadas por expressões indignadas. Possivelmente
políticos, representantes dos poderes judiciário e executivo estariam com as
atenções voltadas para Caruaru”, continuou.
Em
seu blog, o evangélico Francisco mostra o contexto em que líderes da causa LGBT
clamam por tolerância aos gays e que, além disso, rivalizam com os evangélicos,
acusando-os de praticar ódio aos homossesuais. Francisco destaca para uma maior
atenção da mídia dos casos envolvendo os homossexuais e o descaso com relação
aos crimes contra os evangélicos.
“A
mesma sociedade que não aceita qualquer tipo de vestígio de prática homofóbica,
absorve com naturalidade atos evangelicofóbicos”, diz o blogueiro evangélico.
“Desde
quando o Brasil é Brasil, evangélicos são perseguidos, maltratados e discriminados,
em muitos casos patrocinados pela religião ainda predominante no país.”
A
divisão ‘evangélicos e gays’ foi delineada devido à posição dos evangélicos
contra o homossexualismo, o que se tornou motivo de acusações de homofobia por
parte de militantes LGBT.
A
situação foi acentuada depois da nomeação do pastor evangélico, Marcos
Feliciano, deputado do PSC, no início de março, à presidência da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM).
Os
evangélicos reclamam que os militantes querem criminalizar a opinião e
interferir em sua liberdade religiosa. Leis como a PLC 122, são vistas por
muitos como um privilégio aos gays em detrimento aos outros segmentos da
sociedade.
“Quando
algum gay é atacado, mesmo que não seja por conta da sua opção sexual, logo os
ativistas de plantão erguem a voz revoltados com mais um ato ‘homofóbico’”, diz
Francisco.
“Quando
um evangélico é atingido por causa de sua fé, no entanto, há uma frieza quanto
a questão, e praticamente nada acontece. Alías, dá-se um destaque especial, se
um evangélico for suspeito da prática de algum crime.”
“Chega de uma
imprensa e de um poder público tão tendencioso pró gays e anti-evangélicos. Se
estamos num país democrático, todos precisam ser tratados iguais perante a
lei.”
Fonte: Portal Fiel
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