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sábado, 29 de dezembro de 2012

Gastos de brasileiros no exterior batem novo recorde em novembro


Os gastos de brasileiros no exterior atingiram novo recorde em novembro e no acumulado do ano.

Apesar do dólar mais caro, os brasileiros gastaram US$ 1,8 bilhão em visitas a outros países no mês passado, 15% a mais do que há um ano. No acumulado de 2012, os brasileiros já gastaram lá fora US$ 20,244 bilhões, 3,9% acima do registrado no mesmo período de 2011 (US$ 19,489).

Embora os gastos no exterior estejam batendo novos recordes, o crescimento neste ano está mais moderado do que em 2011, disse o chefe do departamento econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

Em novembro, especificamente, houve uma alta mais intensa devido à base de comparação. Segundo ele, em novembro do ano passado houve uma oscilação mais forte da moeda americana, o que retraiu os gastos de turistas brasileiros no exterior.

"Esse gasto é muito sensível às variações do dólar", observou.

As despesas de turistas estrangeiros no Brasil foram de US$ 532 milhões no mês passado e de US$ 6,08 bilhões no acumulado de 2012, cifra também recorde.

INVESTIMENTOS

O fluxo de investimentos estrangeiro para o setor produtivo brasileiro manteve-se forte em novembro.

No mês passado, entraram no país US$ 4,6 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED), maior valor para novembro desde 2000, quando ingressaram no país US$ 5,7 bilhões em recursos para aquisição de empresas, abertura de novas plantas ou em empréstimo entre companhias multinacionais instaladas aqui e suas matrizes no exterior.

"O investimento estrangeiro direto surpreendeu positivamente novamente. Nós havíamos anunciado uma expectativa de R$ 3 bilhões para novembro", disse Maciel.

No mês anterior, o investimento produtivo estrangeiro no Brasil havia somado R$ 7,7 bilhões, valor recorde para outubro.

SALDO POSITIVO

O Banco Central está prevendo uma forte redução no saldo positivo na troca de dólares entre o Brasil e o exterior no próximo ano.

Para 2012, a expectativa é que a entrada de recursos para investimentos produtivos e financeiros deve superar em US$ 22,6 bilhões o déficit em transações correntes (trocas comerciais de bens e serviços, como viagens e aluguéis de equipamentos, mais as transferências de renda, como remessa de lucros e pagamento de juros). Já para 2013, a projeção é de um saldo positivo de apenas US$ 5 bilhões.

Segundo o chefe do departamento econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, essa queda reflete principalmente a expectativa de uma aceleração da atividade econômica no país. Quando isso acontece, tendem a aumentar as importações, os gastos com aluguéis de equipamentos no exterior, as despesas com frete e também as remessas de lucros das empresas.

Ele ressaltou, no entanto, que o cenário não é preocupante. Maciel ressaltou que as projeções do BC são sempre conservadores e projetam uma rolagem de apenas 100% dos empréstimos, ou seja, consideram que as empresas vão captar no exterior o mesmo valor que está vencendo. Essa rolagem no entanto tem sido bem maior. Neste ano está em 194% até novembro.

Fonte: Folha.com

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