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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Artigo: Vendo a Jesus do Modo Incorreto

Baseado em João 17.14-36
O problema básico dos judeus de Jerusalém para reconhecerem a autoridade de Jesus continua sendo o mesmo problema de muitos na própria Igreja ainda em nossos dias.
Eles achavam que a autoridade de Deus passa obrigatoriamente por instituições de ensino regulares com atestação de colação de grau pelos homens.
Quando ficaram maravilhados com o conhecimento de Jesus das Escrituras, eles ficaram ao mesmo tempo resistentes pelo fato de não tê-las aprendido nas escolas rabínicas e de não ter autorização expressa dos rabinos para se dedicar aos assuntos relativos à religião.
Não somente Jesus, como João Batista e os apóstolos não estiveram debaixo do ensino deles para poderem exercer o ministério que haviam recebido de Deus, porque eles não estavam honrando verdadeiramente ao Senhor e à Sua Palavra.
A doutrina de Deus é conhecida fazendo-se a Sua vontade (v. 17).
A doutrina do evangelho foi revelada nas Escrituras do Velho Testamento, mas estava escondida aos religiosos de Israel porque todas as coisas ditas em relação ao Messias estavam encobertas pelo véu do Velho Testamento.
É somente no próprio Cristo e na forma direta e clara como Ele expôs o evangelho que este véu é retirado, de maneira que se possa ver claramente aquelas coisas sobre as quais Deus havia falado através de Moisés e dos profetas do Antigo Testamento.
Então não seria nenhum rabino que poderia ensinar a Cristo o que era o evangelho preanunciado por Deus desde Abraão, e revelar quem era Aquele que pisaria a cabeça da serpente, conforme Deus havia dito a Adão.
Somente aqueles que têm aprendido e ouvido da parte de Deus podem falar em Seu nome.
Aqueles judeus estavam vendo Jesus como um mero professor de religião.
Um homem envolvido no ministério de ensino para as escolas rabínicas, e não um general celestial com a incumbência de formar soldados para guerrearem contra os poderes das trevas que aprisionavam até mesmo a muitos destes que estavam se opondo ao Senhor e pretendendo matá-lo.
Jesus não estava buscando a glória do reconhecimento de ser um grande mestre entre os homens, mas a glória de Deus Pai, realizando a obra que Lhe havia designado para cumprir (v. 18).
Para que eles queriam mais um mestre da Lei se eles não cumpriam a Lei?
E como podiam então pretender matar ao Senhor com a aprovação do Sinédrio, pelo falso argumento dEle ter quebrado a Lei curando aquele paralítico do tanque de Betesda num dia de sábado?
Diante da afirmação do Senhor de que eles não guardavam a Lei, eles dissimularam e disseram que Ele estava endemoninhado para fazer uma tal afirmação de que eles pretendiam matá-lo, pelo motivo de ter quebrado o sábado.
Na verdade eles não estavam procurando tirar-lhe a vida por motivo de zelo religioso. Aquilo era apenas um pretexto para agradarem os governantes e autoridades judaicos.
Circuncidar no sábado era lícito, mas curar não? Circuncidar era lícito, mas salvar não?
Afinal que pecado Jesus havia cometido então?
Que julgamento era portanto aquele que eles estavam fazendo? Era segundo a reta justiça? Não.
Era segundo a conveniência deles e segundo a aparência, daquilo que lhes parecia ser a quebra da Lei sem que fosse de fato.
Então alguns daqueles judeus de Jerusalém se indignaram ainda mais contra o Senhor e disseram ironicamente que não entendiam como os principais líderes de Israel permitiam que Ele continuasse falando abertamente.
Para instigar os sacerdotes a zelos, perguntaram ironicamente se por acaso teriam eles reconhecido afinal que ele era o Cristo?
E para se justificarem fizeram questão de dizer que no que tocava a eles bem sabiam que ele não podia ser o Messias, porque sabiam onde ele tinha nascido e vivido; e por uma afirmação teológica que não sabemos de onde eles a sacaram, porque não consta nas Escrituras, afirmaram que quando o Cristo se manifestasse ninguém saberia de onde ele é.
Ao contrário, a profecia diz claramente que o Messias nasceria em Belém Efrata.
Eles afirmaram que sabiam onde Jesus tinha nascido e vivido, no entanto eles não conheciam de fato de onde Ele viera, porque foi enviado desde o céu pelo Pai, o qual nenhum deles conhecia.
Eles viram a Cristo, mas também não O conheceram como importa ser conhecido, isto é, em espírito.
Quando Jesus falou da sua verdadeira proveniência no templo, tentaram prendê-lo, mas ninguém pôde lançar mão dEle, porque não era ainda chegada a Sua hora de ser preso e morto.
Seu testemunho ousado e corajoso debaixo de toda aquela perseguição e os sinais que fazia, levaram muitos a crerem nEle, e julgavam que seria impossível que um outro fosse o Cristo, porque não poderia fazer mais sinais do que aqueles que Jesus já havia feito.
Quando os fariseus ouviram a multidão fazer tal afirmação acerca dEle, de ser o próprio Messias, eles se uniram aos principais sacerdotes para que fossem enviados guardas para prendê-lo.
Sabendo disto Jesus lhes disse que permaneceria neste mundo com os judeus ainda por mais um pouco de tempo, porque iria voltar para Aquele que Lhe havia enviado.
Quando isto acontecesse O procurariam, mas não poderiam mais achá-lO, porque para onde Ele iria, eles não poderiam ir.
Certamente, o céu não é lugar para incrédulos, conspiradores e perseguidores do próprio Cristo.
Eles pensaram que Ele se retiraria dos termos de Israel para ensinar os judeus da dispersão que se encontrava entre os gregos, e aos próprios gregos.
E ficaram a indagar entre si qual era o significado da palavra que lhes havia dito que eles O buscariam mas não O achariam, e que onde ele estaria eles não poderiam ir.

Kuryos

Servo de Deus de visão interdenominacional que ministrou a igrejas e seminários das mais variadas denominações cristãs, e que também apóia o trabalho independente relativo ao Retorno ao Evangelho Verdadeiro. Tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 35 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. 

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