O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, terá uma
lanchonete popular, com preços em média 40% mais baratas do que os praticados
no terminal hoje.
A licitação para receber proposta de interessados foi aberta
na sexta. Com base nos prazos do edital, a previsão é que a lanchonete abra até
o final de dezembro.
Segundo as regras, 15 produtos terão preços tabelados. A
coxinha, por exemplo, terá que ser vendida a R$ 4. Hoje ela custa até R$ 6 em
Congonhas, ou 50% a mais.
O refrigerante em lata sairá por R$ 3,60. Em Congonhas, o
preço é até R$ 5,40. Café, pão de queijo e água também serão tabelados.
A lanchonete ficará no subsolo do aeroporto, à esquerda de quem
chega pelo estacionamento. Há movimento constante no local, embora menor do que
no saguão.
Passageiros elogiaram a iniciativa; a avaliação foi que comer
em Congonhas é caro. "Eu evito. Hoje estava com fome e não deu", diz
Fabio Belchior, 23, que pagou R$ 12 em um salgado e em um suco.
"Eu pensava que o Brasil fosse mais barato que o Reino
Unido, onde moro. Não é... Mas em aeroporto tudo custa mais, no mundo
todo", disse o alemão Oliver Wenzel, 35, que está aqui a turismo.
MAIS CARA
Os preços em Congonhas serão mais altos do que o da
lanchonete do aeroporto de Curitiba, a primeira popular do país -aberta em
julho.
Responsável pelo projeto, a Infraero diz que os custos saíram
de pesquisas de mercado locais. Por isso, variam.
Essas lanchonetes foram um plano do governo federal para
tentar reduzir o preço dos alimentos nos aeroportos. A meta é instalar uma em
cada cidade-sede da Copa. Natal, Recife e Fortaleza devem tê-las até o fim do
ano.
Nos bastidores, concessionários de alimentação em aeroportos
ficaram contrariados; a medida, entendem, afeta quem já está instalado.
Oficialmente, o setor disse não se preocupar.
Congonhas é o terceiro aeroporto em passageiros no Brasil,
atrás de Cumbica (Guarulhos) e Galeão (Rio).
Fonte: Folha.com
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