Um novo estudo do
Instituto de Pesquisas Grey Matter mostra que existe grande confusão e
ignorância entre os cristãos sobre o significado de ser membro de uma igreja.
A pesquisa foi realizada entre adultos que afirmaram participar
de uma igreja local. O estudo perguntou se essas pessoas foram convidadas ou
não a fazer “qualquer tipo de adesão oficial à organização”. Apenas 48%
disseram que foram convidados a fazer algum tipo de adesão oficial, 33%
acreditam que isso não é importante, e 19% são não têm certeza.
A maioria das grandes organizações religiosas faz esse tipo de
convite. As dez maiores denominações cristãs dos EUA oferecem algum forma de
adesão oficial: Igreja Católica Romana, Convenção Batista do Sul, Igreja
Metodista Unida, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Igreja
Evangélica Luterana, Assembleia de Deus,
Igreja Presbiteriana, Igreja Luterana – Sínodo de Missouri, Igreja Episcopal e
Convenção Batista Nacional dos EUA.
Mesmo assim, entre os fieis dessas 10 denominações, apenas 44%
dizem que sua igreja lhes pediu para serem membros, enquanto 39% disseram não
terem sido convidados, e 17% não tem certeza.
A importância de uma “membresia oficial” é muito mais comum
entre evangélicos do que entre os católicos romanos. Entre os membros de uma
igreja protestante, 56% dizem que sua igreja exige que o fiel se torne um
membro. Apenas um terço dos católicos acredita que isso é necessário.
Entre as pessoas que frequentam as nove maiores denominações não
católicas dos EUA, 69% dizem que um convite para adesão oficial é oferecido, 9%
afirmam não há necessidade de adesão oficial, e 21% não tem certeza.
Por outro lado, os evangélicos são particularmente propensos a
acreditar na exigência que sua igreja faz de o fiel ser membro (72% contra 44%
entre todas as outras confissões de fé).
Entre as pessoas entrevistadas, 78% afirmam serem membros de sua
igreja, enquanto 21% frequentam, mas nunca se tornaram membros e 1% não tem
certeza se é ou não membro.
Ron Sellers, presidente do Instituto de Pesquisa Grey Matter
observa que muitas denominações continuam a medir seu tamanho segundo o número
de membros, mas isso nem sempre é verdade.
“Menos de metade de todas as pessoas que frequentam templos
religiosos acreditam que podem ser membros de sua igreja ou lugar de culto.
Mesmo quando olhamos apenas para as maiores denominações protestantes que
oferecem essa possibilidade, cerca de um terço dos que frequentam a igreja
desconhecem que isso é uma opção. Quase quatro em cada dez pessoas que
frequentam essas igrejas não pretendem ser membros. Temos que repensar o quão
relevante são as estatísticas de membresia para medir a força de uma igreja nos
dias de hoje?”.
Na análise de Sellers, muitos grupos religiosos não se preocupam
tanto em estimular as pessoas a se tornarem membros ou enfatizar o quanto isso
é importante. “As igrejas locais muitas vezes falam sobre os benefícios ou a
importância de a pessoas que frequenta se tornar um membro, mas aparentemente
as pessoas simplesmente não veem isso como algo necessário para a sua própria
vida espiritual. Os grupos religiosos precisam entender o porquê isso acontece
e começar a explicar a importância dessa decisão. ”
“Não é de admirar que tantas pessoas estejam confusas. Algumas
instituições religiosas têm várias maneiras de ver o fiel, falam em visitantes,
frequentadores, participantes, congregados, contribuintes, etc, mas não
explicam muitas vezes com clareza o que é um ‘membro’ e algumas denominações
não deixam claro como pode ser feita essa adesão oficial”, conclui.
Fonte: Portal Fiel
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