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quarta-feira, 4 de julho de 2012

A religião pode engordar, indica novo estudo

Um novo estudo, realizado por dois acadêmicos australianos afirma que encontrou uma ligação entre a religião e o índice de massa corporal (IMC) das pessoas.

Eles dizem que o “pecado da gula” pode não ser tão malvisto pelas pessoas religiosas, em especial quando comparado com atitudes reprovadas pelos religiosos, como fumar, beber demais e sexo antes do casamento.

Os professores Michael Kortt, da Southern Cross University e Brian Dollery da University of New England comandaram o estudo, que acaba de ser publicado no Journal of Religion and Health .

Eles analisaram dados de 9408 adultos e descobriram que a opção religiosa estava “significativamente relacionada com um IMC maior”. Trata-se de um sinal de alerta sobre potencial de doenças, como problemas de coração, diabetes e até mesmo câncer.

Kortt e Dollery revelam que homens batistas e católicos tinham um IMC superior aos que não diziam possuir filiação religiosa, por exemplo. Eles também revelaram que as mulheres não-cristãs tinham índice de massa corporal menor.

“Tem havido um crescente número de evidências que sugerem existir uma relação positiva entre religião e saúde”, afirmaram os acadêmicos em seu artigo. “Nós identificamos uma associação estatisticamente significativa entre religião e IMC nos homens e mulheres australianos.”

Os resultados do estudo refletem as conclusões de pesquisas anteriores que tratam do mesmo assunto.

“Em primeiro lugar, a religião pode tanto condenar quanto servir para controlar certos tipos de comportamento ‘aberrantes’, como beber em excesso, o tabagismo e o sexo fora do casamento” disseram os acadêmicos. “No entanto, comer em excesso, ou o pecado da gula, não tem o mesmo nível de condenação e até pode ser visto como um “pecado aceitável” pela maioria dos líderes religiosos”.

A pesquisa observou também que muitas atividades e celebrações religiosas giravam em torno da comida, o que, por sua vez, pode gerar um ambiente propício ao comer excessivo.

Por fim, os acadêmicos observaram que as pessoas que praticam sua religião em casa, por exemplo, assistindo evangelistas da TV, estão mais propensos a consumir alimentos e bebidas altamente calóricos e podem preferir um estilo de vida sedentário.

Fonte: Portal Fiel

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