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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sem entrelinhas

A justiça de Minas determinou que um casal pague indenização por ter devolvido um filho, depois de adotá-lo. O rapaz, hoje com 17 anos, receberá, além do valor estipulado, uma pensão alimentícia até completar 18. Segundo a promotoria dos Direitos da Criança, nas entrelinhas se precebeu como principal motivo o despreparo do casal para acolher a criança.

Por outro lado, o STF decidiu recentemente que pais podem “devolver’ crianças anencéfalas. E um dos principais argumentos é que...os pais talvez não estejam preparados! Bem, não foi exatamente assim que foi colocado. Mas, nas entrelinhas, é possivel perceber que, ao afirmar que a mãe não deveria ser um “túmulo ambulante”, a necessidade de poupar o sofrimento, abreviar uma vida que igual iria acabar logo... está implicíto o bem da mae e/ou do pai em detrimento do bem da criança. (É sempre bom lembrar que, quando uma criança tem total ausência de cérebro, já não está mais viva. Se ainda tem algum sinal vital, é porque algo do seu cérebro ainda está lá).

Por isso, é bom saber que nossa vida está nas mãos do Pai que não devolve filhos que adotou para si; que não julga a vida pelo tamanho em que se apresenta ou pela previsão de futuro que pode ter. Ao contrário, ele deu a vida de seu próprio Filho para que a nossa fosse completa, durando horas ou décadas, agora. Mesmo tendo esta ou aquela deficiencia. Pois afinal, se o critério de deficiência começar a ser aceito para o descarte de crianças, não seria possivel encontrar um defeito também naquele garoto para jusitificar sua devolução pelos pais?...Um absurdo, sem dúvida.

Para não cair na subjetividade, nada como permanecermos firme no amor objetivo e incomensurável do Pai. Ele dá à vida valor objetivo, último e permanente.

Sem entrelinhas.



Frase:
Alguns caminhos que percorremos não têm um fim. Por isso, precisamos aprender a gostar de caminhar.

 Pastor Lucas André Albrecht


Fonte:

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