Por
outro lado, o STF decidiu recentemente que pais podem “devolver’ crianças
anencéfalas. E um dos principais argumentos é que...os pais talvez não estejam
preparados! Bem, não foi exatamente assim que foi colocado. Mas, nas
entrelinhas, é possivel perceber que, ao afirmar que a mãe não deveria ser um
“túmulo ambulante”, a necessidade de poupar o sofrimento, abreviar uma vida que
igual iria acabar logo... está implicíto o bem da mae e/ou do pai em detrimento
do bem da criança. (É sempre bom lembrar que, quando uma criança tem total
ausência de cérebro, já não está mais viva. Se ainda tem algum sinal vital, é
porque algo do seu cérebro ainda está lá).
Por
isso, é bom saber que nossa vida está nas mãos do Pai que não devolve filhos
que adotou para si; que não julga a vida pelo tamanho em que se apresenta ou
pela previsão de futuro que pode ter. Ao contrário, ele deu a vida de seu
próprio Filho para que a nossa fosse completa, durando horas ou décadas, agora.
Mesmo tendo esta ou aquela deficiencia. Pois afinal, se o critério de
deficiência começar a ser aceito para o descarte de crianças, não seria
possivel encontrar um defeito também naquele garoto para jusitificar sua
devolução pelos pais?...Um absurdo, sem dúvida.
Para
não cair na subjetividade, nada como permanecermos firme no amor objetivo e
incomensurável do Pai. Ele dá à vida valor objetivo, último e permanente.
Sem
entrelinhas.
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