Aonde é que os turistas devem (e não devem) ir? A questão não
é assim tão simples. Há quase 200 países no mundo e cada um tem sua cultura,
história e natureza...
Sim, alguns desses países são mais visitados e famosos. Há
destinos fáceis de visitar e, para alguns, essa característica é até mais
importante do que as atrações.
"Não é como a maioria pensa. Quando as pessoas escolhem
a viagem, a herança cultural e natural é só um fator", diz John Kester,
diretor de tendências do turismo da UNWTO (a organização de turismo da ONU).
"É preciso ter infraestrutura para chegar e um mínimo de segurança, saúde
e higiene; idem um certo nível de serviços."
Normalmente, os países mais visitados são os mais ricos e
próximos dos grandes centros. Não é surpresa, então, que a França e os EUA
sejam recordistas mundiais nesse setor.
Em 2012, a França deve receber 80 milhões de viajantes,
enquanto o Brasil só vai atrair entre 5 e 6 milhões de turistas estrangeiros. E
o pobre Chade, no meio da África, terá sorte se receber 40 mil viajantes
internacionais.
A verdade é que nem todos querem uma viagem fácil e óbvia.
"Para algum tipo de turista, digamos, de aventura, tolerar ou até procurar
um nível de dificuldade e até de risco pode ser uma parte do pacote", diz
Rich Yang, um americano nascido em Taiwan que mora em São Paulo, onde é CEO da
Street Mosaic, empresa que desenvolve um aplicativo de turismo.
Para Yang, há três tipos de turistas: os mochileiros entre 18
e 24 anos, que ficam em albergues e procuram festas, os que têm entre 24 e 35
anos, cuja vontade é conhecer novas culturas e experiências, e os turistas mais
velhos e clássicos, que querem ficar na praia, visitar o Big Ben ou fazer
compras em Nova York.
A cultura e a nacionalidade do viajante também podem
importar. "O Oriente é mais fácil para mim, porque eu pareço chinês, do
que seria para um americano branco típico", diz Yang. "E se eu fosse
um muçulmano estrangeiro, talvez eu até tivesse medo de visitar o
Texas..."
Alguns países são mais abertos para turistas gays ou mulheres
viajando sozinhas. Brasileiros têm sofrido preconceito ao entrar na Espanha e,
em alguns países, há risco de terrorismo. Mas é preciso ponderar, afinal, nem
sempre a má imagem corresponde às realidades locais.
Fonte: Folha.com
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