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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Israel lembra Holocausto com sirenes e homenagens

A população israelense rememorou na última quinta-feira o Dia do Holocausto - um dos mais solenes de seu calendário - com uma série de atos em todas as instituições públicas e com o simbólico toque das sirenes, que, por sua vez, paralisou todo o país às 4h (horário de Brasília).

A potente sirene antiaérea, que pode ser ouvida em todas as cidades do país, parou o trânsito em ruas e cruzamentos, enquanto os motoristas saíam de seus automóveis para, junto com os pedestres, prestar uma homenagem em sinal de respeito.

Apenas uma minoria árabe, que não se identificam com a celebração, e parte da comunidade ultra-ortodoxa judaica, que considera Israel um sacrilégio a suas estritas crenças religiosas, não participaram desta velha tradição que acompanha os dois dias de luto nacional do calendário israelense.

A outro dia de luto nacional, uma homenagem aos soldados mortos e desaparecidos no campo de batalha, será lembrado na próxima semana, na véspera do dia da independência.

Nesta quinta, o luto fazia uma homenagem aos 6 milhões de judeus assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, desde a aprovação das primeiras leis raciais de Nuremberg em 1935 - que privaram os judeus alemães de todos seus direitos civis -, até a aplicação da Solução Final para o judaísmo europeu nos campos de concentração.

Por conta desse genocídio, os aliados deram sinal verde à criação do Estado judeu em 1948, dois eventos que voltam à tona nos atos de celebração destas jornadas.

"O Dia do Holocausto em Israel tem duas facetas, a primeira, de caráter nacional, é que temos um Estado para o povo judeu, e a segunda é que o povo judeu não foi aniquilado como os nazistas haviam planejado", disse à agência Efe Elías Soae, um ex-policial de origem argentina.

COMEMORAÇÕES

Como outras comemorações e festas do calendário judeu, a jornada do Dia do Holocausto começou na noite de ontem com um ato no Museu do Holocausto de Jerusalém, onde o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que se o Estado de Israel já tivesse existido até então, o genocídio não teria ocorrido.

"Nossos inimigos tentaram enterrar o futuro judeu, mas acabamos renascendo na terra de nossos antepassados. Aqui, construímos nossa base e um novo começo de liberdade e esperança", completou Netanyahu pouco depois que alguns sobreviventes acendessem seis tochas de lembrança, uma para cada milhão de judeus assassinados.

Israel fixou esta jornada uma semana antes do dia de sua independência para ressaltar o vínculo entre ambos os capítulos de sua história. Porém, no ocidente, o Dia Internacional do Holocausto é lembrado no dia 27 de janeiro, data da libertação do campo de extermino de Auschwitz, na Polônia.
Netanyahu e outros líderes políticos, judiciais, religiosos e militares, também participaram de outro ato oficial nesta manhã e no mesmo Museu, que mantém viva a lembrança das 6 milhões de vítimas e a identidade da metade delas.

Na leitura de seus nomes hoje no Parlamento, o primeiro-ministro afirmou que "esta é uma forma de dar vida às almas perdidas".

Fonte: Folha.com

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