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domingo, 22 de março de 2015

Sites burlam buscas por passagens para achar preços mais baixos

A competição tarifária entre companhias aéreas e a profusão de buscadores de passagens criaram figuras especializadas em encontrar pechinchas na hora de viajar.
Já existem, inclusive, táticas e sites especializados em "burlar" sistemas e encontrar preços ainda mais baratos.
Em novembro, a United Airlines e uma agência de viagens on-line processaram o site Skiplagged, que se especializou nessas buscas "espertinhas". Por causa da polêmica, hoje só os aplicativos para smartphone funcionam.
O Skiplagged se usa, em sua busca por melhores preços, de táticas como a que ficou conhecida como "hidden city", ou cidade oculta.
Por ela, em vez de uma passagem de São Paulo a Brasília, por exemplo, o consumidor compra um bilhete para Cuiabá que tenha escala na capital federal e esteja mais barato –e simplesmente não embarca na segunda viagem.
A prática, porém, tem ao menos três inconvenientes. Dependendo da modalidade de compra, o não comparecimento a um voo pode significar o cancelamento dos bilhetes seguintes.
Além disso, a bagagem não pode ser despachada, já que as empresas as levam diretamente ao destino final.
Por último, como pode estar burlando regras, o consumidor não acumula pontos nos programas de benefícios.
Outra tática para burlar preços altos de passagens é aproveitar o fato de valores variarem ao se alterar o local de compra dos bilhetes.
Em uma simulação feita pela Folha no site da Avianca, tendo como base o Brasil, uma viagem de Bogotá a Cartagena entre 20 e 25 de março saía por R$ 1.221, sem taxas. Ao informar que comprava da Colômbia, a reportagem encontrou as mesmas passagens por 806.640 pesos colombianos (ou R$ 963) –uma diferença de R$ 258).
Em sites de companhias americanas, no entanto, a simulação não funcionou da mesma forma; tampouco nos de empresas brasileiras.
Além disso, é preciso pesar que comprar uma passagem "estando" em outro país acarreta na cobrança de IOF no cartão de crédito –e o truque pode deixar de valer a pena.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) disse que não endossa nem proíbe a prática, seguindo o princípio da liberdade tarifária –o mesmo que permite às companhias, por exemplo, vender o mesmo bilhete por um preço pelo site e por outro no balcão do aeroporto.
Procurada, a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) não quis se manifestar, assim como a TAM. A Gol informou que não identifica essas práticas. A Avianca não respondeu até a conclusão da reportagem. 
Fonte: Folha.com


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