Uma hora criticamos o uso
excessivo da internet. Na outra, estamos teclando vorazmente durante uma
conversa presencial.
Uma hora denunciamos quem agride
o meio ambiente. Na outra, escondemos nossas ações pouco ou quase nada
sustentáveis.
Uma hora não entendemos como
alguém pode maltratar um animalzinho indefeso. Na outra, digitamos palavras
furiosas em comentários virtuais, maltratando corações e sentimentos.
Uma hora condenamos o caráter de
tanta gente “do mal’. Na outra, não reconhecemos que, seguidamente, nossas
ações ficam bem longe do que chamamos de ser “do bem”.
Alguns exemplos, de muitos
outros, que comprovam nossa tendência: uma hora somos juízes; na outra,
tentamos nos livrar da cadeira de réus.
Se formos mais sinceros, veremos
que precisamos de uma hora para pensar. E reconhecer que, no fim das contas,
não somos tão bons quanto pretendemos ser.
Jesus Cristo já sabia disso. Foi
por isso que veio ao nosso encontro. Sabia que, se dependesse de nossa
coerência, estaríamos sempre correndo atrás do vento, tentando enganar nossa
sombra; deixando de olhar para nós mesmos. Ele passou muitas horas entre nós, e
seis horas em uma cruz, para que tivéssemos a oportunidade de lançar sobre ele
nossas incoerências diárias, fruto da falta de coerência maior com que todos
nascemos. Nesta troca, saímos ganhando. E muito. Pois recebemos perdão,
providência, perspectiva. À sombra de Sua Palavra que nos fortalece a fé, temos
condições de ver a vida a partir de um outro lugar. Fé que ora a qualquer hora
e que a qualquer momento pode ser chamada a agir,
Isto não fará ser indiferentes
para com o erro, seja o do outro, seja o nosso. Mas não há dúvidas de vai nos
tirar um muito de nossa amargura e arrogância, conduzindo o coração na direção
de compreender, respeitar e amar.
Ou seja, mal conseguiremos
esperar a hora de mais uma oportunidade para auxiliar.
(P. Lucas André Albrecht)
Frase:
Uma hora
somos juízes. Outra, tentamos nos livrar da cadeira de réus.
Fonte: Toque de Vida
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