Uma pouco conhecida
coleção de mais de 100 placas de argila em escrita cuneiforme, que remonta ao
Exílio Babilônico cerca de 2.500 anos atrás, foi revelada, o que permite um
vislumbre da vida cotidiana de uma das comunidades mais antigas de exilados do
mundo.
Prof. Wayne Horowitz,
um dos arqueólogos que estudaram as placas, diz que este é o arquivo judaico
antigo mais importante desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto.
Graças ao costume
babilônico de inscrever cada documento com a data, de acordo com o ano do
monarca no poder, os arqueólogos puderam datar as placas entre 572 e 477 aC. A
placa mais antiga na coleção foi escrita cerca de 15 anos após a destruição do
Primeiro Templo por Nabucodonosor, o rei caldeu da era neo-babilônica, que
deportou os judeus para a Babilônia. A mais recente foi escrita cerca de 60
anos após o retorno de alguns dos exilados a Sião, que foi permitido pelo rei
Ciro da Pérsia em 538 aC.
Até agora, muito pouco
era conhecido sobre a vida da comunidade judaica que tinha sido arrancada de
Jerusalém e deportada para a Babilônia. A coleção também corresponde com o
texto bíblico em que o profeta Ezequiel escreve:"como eu no meio dos
cativos, junto ao rio Quebar" (capítulo 1, versículo 1). O
"rio Quebar" ou "aldeia do rio Quebar" aparecem várias
vezes sobre as placas.
Os estimados 80.000 judeus que
permaneceram na Babilônia-Iraque após o retorno a Sião formaram o que viria a
se tornar uma das comunidades mais antigas de exilados do mundo, existente por
cerca de 2.500 anos sem interrupção até 1948. — www.haaretz.com, 29 de
janeiro de 2015
Somos lembrados aqui do
Salmo 126: 1-2 : "Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que
voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de
riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes
coisas fez o Senhor a estes." Esse foi o segundo retorno de
Israel a Sião: o primeiro é o seu regresso do Egito para Israel.
Hoje em dia, o terceiro
de retorno está ocorrendo. Este terceiro e último retorno dos judeus à terra de
Israel é descrito nos dois últimos versos do profeta Amós: "E
trarei do cativeiro meu povo Israel, e eles reedificarão as cidades assoladas,
e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e beberão o seu vinho, e farão pomares,
e lhes comerão o fruto. E plantá-los-ei na sua terra, e não serão mais
arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus." (Amós
9: 14-15). — Arno Froese
Fonte: Beth-Shalom
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