Para mim todas as respostas relacionadas ao ser humano, ao mundo em que vivemos, as quais precisamos, estão todas escritas a milênios no Manual, antes mesmo, do mais sofisticado computador. Basta apenas, independente de crenças, lê-la com frequência, em paz, sozinho, não por obrigação, mas por interesse em aprender sobre o potencial humano.
É impressionante o que aprendemos. As vezes chego a ter medo dessas descobertas. O livro “Meus 3Eus” o qual sou autor, foi um momento dessas descobertas. Cheguei a pensar que estava ficando louco, parei por meses de escrevê-lo por conta de não acreditar que eu pudesse ser capaz de descobrir coisas tão relevantes sobre a vida humana. O Manual lido do jeito certo é impressionante as coisas que nos são reveladas.
Percebi também que a mente humana, no nível em que ela está hoje, não conseguiria suportar revelações tão relevantes. Senti nessa época que permeava a “loucura”. Parecia que minha mente, a qualquer momento, entraria em pane. Então comecei a me limitar dizendo para mim mesmo que não deveria ultrapassar a cerca. Tinha medo do que encontraria do outro lado. Até hoje tenho problemas com esse livro, ao ponto de não ter tido coragem de publicá-lo na sua íntegra.
Uma pessoa se droga porque sente prazer ao fazê-lo, do contrário não se drogaria. Porém, os resultados futuros serão desastrosos. Uma outra pessoa trai o seu cônjuge para sentir prazer naquele momento, mas, qual será o resultado dessa traição ao longo do tempo? Será de dor ou de prazer? Todos nós sabemos a resposta. Não é mesmo?
A mente trabalha como um computador que distingue apenas duas coisas ― “positivo e negativo”.
Um byte é formado através da composição entre “ter energia” e “não ter energia”. A mente humana não trabalha com negativo e positivo como os computadores, mas trabalha com duas coisas que também a permeia ― a dor (negativo) e o prazer (positivo). Da mesma forma que uma composição de ter e não ter energia formam um byte (a letra “A” por exemplo), a composição de dor e prazer formam um resultado em nossa mente, e são esses resultados de “sentir dor e prazer” que formaram quem somos hoje. Uma pessoa que passa por dor sem ter prazer tona-se em um tipo de pessoa, talvez, amarga e infeliz. Uma outra pessoa que sente dor e prazer, alternando esses sentimentos, torna-se num outro tipo de pessoa, acho que é o perfil da maioria delas, não é infeliz completamente, mas também não é feliz por completo, nutre sempre o sentimento que lhes falta alguma coisa. E têm aquelas pessoas que são felizes por completo, porque encaram a dor e o prazer como uma circunstância que deve ser enfrentada com prazer sempre, essas vemos com menos frequência, e quando as vemos logo rotulamos como gênios, heróis, seres especiais, um escolhido de Deus, etc.
Para mim um bom exemplo nacional desses foi o saudoso Ayrton Senna.
“O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras, acho que estou entre elas, aprendem a conviver com ele e o encaram, não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação.” Ayrton Senna
É sabido que o Ayrton Senna tinha como pratica costumeira ler a Bíblia em seus voos de um autódromo a outro. E de fato analisando a frase anterior dá para perceber que se tratava de alguém que conhecia bem o Manual.
Me parece que o “prazer” do Ayrton estava em superar os obstáculos que apareciam a sua frente e não propriamente nas vitórias. Suas vitórias eram apenas uma consequência do resultado da composição entre a “dor” e o “prazer” que sentia em sua vida e nas corridas. Ele tinha o “prazer” de superar a “dor”, não ficava procurando sentir dor, mas quando aparecia não se intimidava e a encarava independente das circunstâncias, e, assim, conseguia vencer seus gigantes com certa frequência. Não se tratava de ninguém especial, diferente de mim, de você ou dos demais competidores, apenas pensava fora da caixa. Encarava seus obstáculos tal qual Davi encarou Golias. De frente e sem qualquer medo limitador.
“Nunca deixe o limite tirar de você a ambição da auto superação.” by df
Um dos maiores limitadores do ser humano está na maneira como levamos a vida. Se queremos se tornar num grande vencedor de gigantes devemos “parar de fazer comparações”, porque são elas as grandes vilãs das vitórias. Em minha visão um atleta ao ficar comparando e tentando buscar fazer o tempo do seu adversário acaba, ao contrário do que se pensa, limitando o próprio potencial. Veja que um atleta recordista, por exemplo, não tem para onde olhar a não ser para si mesmo, essa atitude leva-o se auto-superar a cada competição, batendo com frequência o seu próprio recorde, sistematicamente, por diversas vezes consecutivas até o momento que começa a olhar para quem vem atrás. Acredito que se um atleta fosse treinar com todos os recursos necessários numa ilha isolada, sem qualquer forma de contato com o mundo, antes de uma grande competição, concentrando-se em apenas bater seu próprio recorde, dia após dia, sua performance seria espetacularmente superior aos seus adversários.
— Por quê?
Porque não haveria limitadores para atrapalhar sua performance. Assemelho essa ideia com a seguinte ilustração — Decido ir correr numa pista de Cooper em um parque, lá outras pessoas que não conheço também optaram fazer o mesmo. Ficaremos correndo por volta de uma hora. Após uns quinze minutos olho para o lado e vejo quem está no mesmo ritmo que eu, a partir daí, esqueço meu potencial de lado e começo a me limitar apenas me manter no mesmo nível dos demais. E quando consigo alcançar essa proeza me sinto satisfeito porque criei a sensação de que estou bem.
— Isso por quê?
Porque simplesmente consegui à custa de muito esforço me manter na média dos demais. Quando sou ultrapassado, logo, me concentro não mais em mim, mas em tentar a qualquer custo alcançar “meu adversário”, se assim poderia chamá-lo. E, é exatamente dessa maneira que a maioria de nós levamos a vida — “na média dos demais”. Ou quando muito tentando chegar onde outros chegaram. Uma família, um emprego, dois carros na garagem, um apartamento e uma casa na praia. Nada mais! Isso acontece porque paramos de se concentrar em nosso potencial para nos concentramos apenas em nos manter na média, em vez de estabelecer nossas próprias metas, pensando fora da caixa.
Alexandre Graham Bell disse:
“Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros já foram.”
Dor e prazer, recompensa e punição são as únicas coisas que conseguem nortear a vida de um homem. As escolhas feitas pela mente humana têm fundamentalmente esse princípio. E isso nos faz entender o porquê da nossa tendência ser quase sempre desistir de lutar com nossos gigantes, optando na maioria das vezes se esconder deles em vez de encará-los de frente. “Aquele que não quer sentir dor, jamais conseguirá se superar.” Isso acontece porque ao decidir encará-los se tornaria em uma grande geradora de dor. A dor de ter de enfrentar os problemas. É por isso que a maioria das pessoas escolhem sempre, em vez de lutar, ficar na sua “zona de conforto” quietinhas, amoitadas, se fingindo de morto. Crendo erroneamente que nessa zona de conforto estaremos protegidos e distantes de sentir alguma dor. Acho essa decisão uma pura ilusão, pois, até podemos ficar longe da dor por algum tempo, mas, no futuro ela aparecerá mais forte ainda. O problema ainda estará lá nos aguardando, esperando saímos da nossa toca. Ele não vai embora só porque decidimos ficar escondidos, ao contrário, o gigante vai ficar se alimentando enquanto isso, crescendo e quando precisarmos encará-lo, quando não tiver mais jeito de protelar, estará muito maior e mais forte do que no início.
Ao observarmos a história de Davi e Golias veremos que o povo de Israel, ao ver o tamanho do gigante, preferiram ficar escondidos em suas zonas de conforto, aparentemente “protegidos”.
Davi, ao contrário, preferiu “sair” da sua zona de conforto e encarar o gigante Golias de frente, isso porque, tinha consciência de que se decidisse se esconder e não encará-lo o resultado dessa omissão seria catastrófica. Nessa ocasião Davi estava em casa ajudando seu pai enquanto seus irmãos estavam no campo de batalha (seus irmãos faziam parte do exército de Israel). O pai de Davi pediu para que Davi levasse alimento aos irmãos, com a missão também de dar uma olhada e certificar se todos estavam bem. Depois disso feito deveria retornar para a segurança e o aconchego do lar, teoricamente voltar para a sua zona de conforto. O fato é que se Davi não tivesse saído da sua zona de conforto o povo de Israel teria sido exterminado pelo exército dos Filisteus. O que prova que escolher ficar em nossas zonas de conforto quando temos que encarar um problema pode se tornar na pior das escolhas. Atitudes como essas nos leva entender que o gigante destruidor nem sempre são os problemas, mas nós mesmos. A maneira como encaramos os obstáculos.
Então devemos lutar contra nós mesmos?
Isso mesmo!
Na verdade o que quero dizer com essa resposta é que o que temos de fazer é mudar o lado que esse gigante vêm lutando, ou seja, em vez de deixá-lo destruir nossos sonhos, nos colocando medo, fazê-lo enfrentar os obstáculos para que possamos alcançar nossos objetivos. Só que para fazer esse gigante mudar de lado será preciso primeiro entender como ele funciona e a partir disso fazer as mudanças necessárias.
Os cientistas no campo do potencial humano estimam que utilizamos apenas 10% (dez por cento) da nossa capacidade e 90% (noventa por cento) estão dormentes. É triste pensar que depois de tanto tempo ainda usarmos apenas uma pequena parte das nossas habilidades e talentos.
A verdade é que a maioria de nós não têm a mínima ideia de quanto talento e potencial possuí, por isso, não usa. Mas, por que isso acontece? Esse questionamento me perseguiu por muito tempo.
Não conseguia parar de pensar que, se podemos fazer mais do que estamos fazendo, o que nos impede fazê-lo? A partir desse interesse e de muito estudo cheguei à conclusão que, o que nos impede ir mais adiante, fica por conta da falta de um conhecimento mais profundo sobre o “real” funcionamento do ser humano. É duro dizer isso, mas, para mim, essa é a única resposta do porque temos tanta dificuldade para alcançarmos nossos objetivos. Ficamos apenas com as informações que os cientistas nos passam, a partir dessas informações, quer estejam certas, ou erradas, montamos todo o nosso cenário de vida e potencial, criamos nossas certezas em torno delas e vivemos de baixo dessas ideias por toda a vida.
Mas, quem de fato pode afirmar, com toda a certeza, que essas informações estão certas?
Se estiverem certas. UFA! Que bom não é mesmo? Mas…, e se elas estivem erradas?
Eu vivi minha vida crendo que a terra era redonda, hoje já tenho dúvida disso. A minha teoria, a qual ninguém dá bola para ela, é que a terra é uma espécie de “bola quadrada”.
“A redondeza da terra é a coisa mais quadrada e reta que já vi.” Espero que ninguém me jogue no fogo por isso!
A agência espacial Europeia (ESA) divulgou recentemente o mapa mais preciso já feito até hoje da gravidade da Terra. As informações foram coletadas durante dois anos pelo satélite Goce. O modelo chamado de Geoide mostra minunciosamente que a Terra “não é completamente redonda”.
Só para recordarmos quem descobriu que a terra é redonda foi Nicolau Copérnico¹. E Galileu Galilei² através de observação só confirmou a descoberta de Nicolau, o qual, diga-se de passagem, foi queimado pela inquisição, por tal afirmação. Isso aconteceu por volta dos anos 1530 depois de Cristo; Porém, entretanto, especificamente no Manual, livro de Isaías 40, versículo 22; o qual foi escrito por volta do ano 700 antes de Cristo já afirmava que a terra é redonda, e não Copérnico e Galileu como a maioria pensa, vejamos isso a seguir:
“E ele o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e o desenrola como tenda para nela habitar.” [Ênfase adicionada]
Nota: Circulo da terra = terra redonda.
1. Nicolau Copérnico (1473-1543) — Copérnico foi o astrônomo polonês que propôs o primeiro sistema de planetas matematicamente baseado ao redor do sol. Ele lecionou em várias universidades europeias, e tornou-se um cônego (presbítero que vive sob uma regra que o obriga a realizar as funções litúrgicas mais solenes na igreja catedral ou colegiada) da igreja Católica em 1497. Seu novo sistema foi apresentado realmente pela primeira vez nos jardins do Vaticano, em 1533, ao Papa Clemente VII, que o aprovou, e Copérnico foi encorajado a publicá-lo sem demoras.
Copérnico nunca esteve sob qualquer ameaça de perseguição religiosa — e ele foi encorajado a publicar a sua obra tanto pelo Bispo Católico Guise, como também pelo Cardeal Schonberg e pelo Professor Protestante George Rheticus. Copérnico se referia às vezes a Deus em suas obras, e não via seu sistema como em conflito com a Bíblia.
2. Galileu Galilei (1564-1642) — Galileu é frequentemente lembrado por seu conflito com a Igreja Católica Romana. Sua obra controversa sobre o sistema solar foi publicada em 1663. Ela não tinha provas de um sistema solar heliocêntrico (as descobertas do telescópio de Galileu não indicavam uma terra em movimento), e sua única “prova”, baseada sobre as marés, era inválida. Ela ignorou as órbitas elípticas corretas dos planetas, publicadas há vinte e cinco anos atrás, por Kepler. Visto que sua obra acabou colocando o argumento favorito do Papa na boca do tolo no diálogo, o Papa (um velho amigo de Galileu) ficou muito ofendido. Após o “teste”, e, tendo sido proibido de ensinar o sistema heliocêntrico, Galileu fez sua obra teórica mais útil, que foi sobre dinâmica. Galileu “disse expressamente” que a Bíblia não podia errar, ele viu seu sistema relacionado ao assunto de como a Bíblia deve ser interpretada.
Nessa minha busca descobri também que os seres humanos tem dificuldades em conhecer o desconhecido. Nos dá um medo tremendo só de pensar nessa possibilidade. E por isso preferimos deixar de lado o novo e nos manter novamente em nossa bendita “zona de conforto”, dando preferência ao velho e conhecidíssimo jeito de viver e pensar. É melhor e bem mais comodo acreditar que a terra é redonda e ponto final. O fato é que se o velho jeito de viver fosse certo estaríamos vivendo no paraíso, mas, não é bem isso que acontece. Não é mesmo?
“A vida nos enche de medo, o que nos faz ter medo de vivê-la plenamente.” by df
O problema é que justamente esse “medo” que limita o nosso potencial e impede que sejamos “felizes de fato” e não apenas em “seres alegres” — Seres alegres? Isso mesmo! Quase como um bando de hienas risonhas.
As pessoas confundem “felicidade” com “alegria”. Tem muita gente com a vida totalmente deteriorada e ainda dão risadas, dizendo-se felizes. A felicidade não é algo que sucede e nem depende dos acontecimentos externos, diferentemente da alegria que está totalmente relacionada aos acontecimentos externos. Quando esses acontecimentos “param” de acontecer em nossas vidas, também “para” a nossa alegria em vivê-la. Talvez seja essa a explicação para tantos feriados e festas sem significados úteis, ou, os quais os significados das festas tenham sido esquecidos, como o Natal, por exemplo. No Natal o “Papai Noel”, ser inexistente, tornou-se mais importante para a maioria das pessoas do que o próprio aniversariante, Jesus, que na maioria dos lares nem se quer é lembrado.
O Manual diz que o potencial humano não se limita apenas naquilo que está ligado aos cinco sentidos (olfato ou cheiro, paladar ou gosto, tato ou cinestesia, visão ou vista e audição ou ouvir), mas, indica claramente que existe muito mais além disso.
Eu assemelho essa ideia a um celular sofisticado. Se não descobrimos tudo o que ele pode nos oferecer em termos de tecnologia nunca usaremos o aparelho num todo. Ficaremos apenas com os comandos básicos, fazer e receber chamadas, enviando um SMS aqui, outro acolá, as vezes dando uma entradinha na internet, ou seja, usando-o apenas superficialmente. Nada mais do que isso! Com o ser humano acontece do mesmo jeito. Os cientistas estimam que usamos apenas “dez por cento” (10%) da nossa capacidade. Creio que isso acontece por falta de um conhecimento mais profundo de como funcionamos de fato, ficamos apenas com os comandos básicos, aqueles que aprendemos com a vida, baseado naquelas pessoas que nunca conseguiram usar seu potencial por completo. Aqueles que também pararam nos tais dez por cento, como os nossos avós, pais, professores e amigos. Se eles pararam nos dez por cento, não podem nos passar mais do que sabem. Para usar mais antes será necessário mudarmos nossos conceitos em relação a esse assunto. Será preciso alterar os padrões de pensamentos antes adquiridos, os quais nunca funcionaram completamente. O próprio mundo que vivemos nos atesta que o caminho que a humanidade escolheu para trilhar está errado — Você tem alguma dúvida disso?
Olhe ao seu redor, ligue a TV nos noticiários para se certificar se estou certo ou errado, ou, se preferir faça um passeio pela Cracolândia e veja com seus próprios olhos. Se achar que estou exagerando, então, ao ir para o trabalho com seu carro dá uma olhadela ao seu redor e veja como as pessoas são solidarias umas com as outras no transito.
Na minha opinião a dificuldade de usar o potencial humano ao máximo está intrinsecamente ligado a essa falta de autoconhecimento. Insistimos em basear nosso conhecimento tendo como fonte as informações que nos foram passadas no passado e que ficaram gravadas em nosso “Arquivo Mental”, e assim, compramo-las do passado e repassamo-las no futuro essas informações e vivemos como se estivéssemos dentro de uma cerca “não eletrificada”, porém, com uma grande placa nos informando que “é eletrificada”. Não passamos por essa cerca por medo de receber uma descarga elétrica que nunca acontecerá. Assim passamos a vida toda do lado de dentro da cerca “achando” que estamos seguros. Aqueles que se aventuram passar por essa cerca descobre que ela não dá choque algum, e, ao ultrapassar seus limites acabam conhecendo um mundo bem melhor. E colocando o seu potencial a todo vapor. Temos diversos exemplos de pessoas que ultrapassaram o “limite da cerca” e hoje são consideradas gênios naquilo que se propuseram fazer (Galileu, Leonardo da Vinci, Albert Eisten, Isaac Newlton, etc).
A inteligência diferente do que muitos pensam não é um fator genético. Ninguém nasce um gênio. A genialidade se conquista na medida que nossos padrões de pensamentos são montados em nossa mente. Na medida que ultrapassamos o bendito “limite da cerca”. Para Davi e o povo de Israel, naquele momento da história, o gigante Golias era a cerca, todos olhavam para ela e não queriam ultrapassá-la, todos preferiram ficar dentro dela, enquanto Davi foi o único que decidiu ultrapassá-la. E todos conhecem o resultado disso.
Em nossa vida essa cerca pode significar o emprego, uma doença, um casamento, uma ação na justiça, etc. A fé para mim é exatamente isso… Ir além dessa lógica humana maluca, é ultrapassar os limites da maldita cerca. Ao ultrapassarmos “os limites da cerca” encontraremos do outro lado Jesus de braços abertos, nos aguardando, com um lindo sorriso no rosto, ao lado de uma grande placa, dizendo — “Seja bem-vindo ao lado de fora da cerca meu filho!”
Eu aprendi o verdadeiro significado da fé com meu filho quando ele tinha uns quatro anos de idade. Alguns anos atrás eu vinha questionando Deus sobre a fé. Queria entendê-la melhor. E fiquei aguardando Sua resposta, sabia que a qualquer momento, de alguma maneira, essa resposta viria, mas não esperava que viria da forma que veio, mas, o importante é que veio! Um dia decidi levar meu filho comigo ao escritório. Gostava de trabalhar com ele ao meu lado. Nesse dia eu tive que sair para ir em uma breve reunião externa. E deixei meu filho sob os cuidados da minha secretária. Meu escritório ficava na sobre loja de um pequeno prédio, e na entrada, tinha uma escadaria bastante íngreme. Ao voltar da reunião, logo quando comecei a subir as escadas, meu filho me viu e saiu correndo pelo corredor que dava a essa escadaria, gritando: Pai, pai, pai! E se jogou da onde estava escada abaixo, literalmente voando com os braços abertos em minha direção. Na hora me assustei e tive que me virar nos “30” para pegá-lo no ar, do contrário, se esborracharia no chão e o resultado seria catastrófico.
Mas graças a Deus consegui ampará-lo em meus braços, e evitei o pior. Mas assim que o agarrei Deus disse em meu coração: “Eis ai a sua resposta! Isso é fé!” Fiquei pensando no que tinha acontecido. E buscando entender a resposta que havia recebido de Deus, e acabei entendendo que o que meu filho fez foi de fato um ato de genuína fé. Ele não pensou no que poderia acontecer. A confiança que tinha em mim era tanta que nem passou na cabecinha dele que estava correndo algum risco se jogando escadaria abaixo. Simplesmente se jogou porque “tinha a certeza” que eu o pegaria. Para ele não havia nenhuma outra possibilidade diferente dessa, e de fato foi exatamente o que aconteceu, peguei-o no ar e nada lhe aconteceu.
— Meu filho não teve dúvida.
— Sabe por quê?
— Confiança!
Esse episódio me fez entender que para termos a “fé verdadeira” precisamos confiar plenamente em Deus do mesmo jeito que meu filho confiou em mim. Se jogar nessa fé de braços abertos! Do contrário iremos se esborrachar no chão.
“Deus nos deu a capacidade para conseguir o que quisermos, cabe a nós descobrir esse potencial e usá-lo para alcançar o que queremos.”
Não leve a mal o que direi, pois não são todas, felizmente, há boas exceções, mas infelizmente descobri que um grande limitador da fé é a própria igreja. Somos constantemente influenciados por pregações, de que não conseguimos nada na vida, ou, passamos por dificuldades porque somos pecadores, e por isso, Deus não nos abençoa. De fato somos todos pecadores, mas, não é o pecado que nos impede de viver bem, mas a falta do conhecimento da “Graça” de Deus.
Não somos ricos e prósperos porque não damos o dizimo na igreja, mas porque desconhecemos a verdadeira “Graça” de Deus. Não é o que damos que nos faz mais, ou menos prósperos, mas, “como damos”. Quando acreditamos que, se não dermos os dízimos, Deus não nos prosperará, praticamente estamos chamando-O de mercenário. Pois isso não é a mesma coisa que pensar que Ele só abençoará quem paga o boleto na data de vencimento.
O fato é que uma coisa é uma coisa, outra coisa, é outra coisa. Dizimo antes de Jesus era uma coisa, depois de Jesus, o dizimo deveria ser praticado de forma diferente, com amor, e não por obrigação. Pare alguns minutos para pensar a esse respeito. “Se dizimo prosperasse alguém, não haveria evangélico pobre.” O que prospera não é o dizimo, mas sim, a bendita Graça. E o que mais tem nas igrejas são pobres buscando ser ricos, enquanto, muitos milionários estão na esbornia. Deus ama quem dá com alegria, e não por obrigação. Diga-me… O que é melhor? Receber um presente nos dias dos pais ou das mães, por obrigação, ou receber num dia qualquer, de surpresa, demostrando verdadeiro amor.
Veja isso: 2 Coríntios 9:7
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria.” [ênfase adicionada]
Da mesma maneira que não é o boleto do Graac pago no dia que vai lhe garantir alguma coisa com Deus.
Maturidade espiritual, essa é a dica. “Somos seres inteligentes, mas na medida que alcançamos a maturidade espiritual, alçamos a sabedoria.” Acho que é isso o que falta na maioria das pessoas. Por quê? Porque tem muita igreja com pensamentos infantis, pessoas com interesses próprios, impedindo o crescimento espiritual dos seus seguidores. Poderíamos dizer que são errados, mas, mais errado ainda é que não pensa nisso. A maioria das pessoas estão agindo como piolhos, andando de cabeça em cabeça e não na sua própria cabeça. Isso mesmo, andar em nossa própria cabeça, mas não, ou não pensamos ou na maioria das vezes deixamos que “outros pensem por nós”.
Doutor Fé
Fonte:http://doutorfe.com/afinal-a-terra-e-ou-nao-redonda/
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