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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Moedas raras de mais de dois mil anos são encontradas em Israel

Fragmentos de cerâmica descobertos pela Autoridade de Antiguidades de Israel há alguns meses, durante as obras de ampliação de uma rodovia entre Jerusalém e Tel Aviv, resultou na escavação arqueológica onde uma colônia até hoje desconhecida do final do período do Segundo Templo fora descoberta, bem como um raro tesouro de moedas que foi encontrado em uma das casas. O tesouro, que foi mantido em uma caixa de cerâmica, incluiu 114 moedas de bronze que datam do Quarto Ano da Grande Revolta dos judeus contra os romanos, antes da destruição do Templo construído pelo rei Herodes. Essa revolta levou à destruição do Templo em Tisha B'Av (o nono dia do mês de Av) aproximadamente 2.000 anos atrás.

De acordo com Pablo Betzer e Eyal Marco, os diretores da escavação da Autoridade de Antiguidades de Israel, "O tesouro, que parece ter sido enterrado vários meses antes da queda de Jerusalém, nos proporciona um olhar sobre a vida dos judeus que viveram na arredores de Jerusalém, no final da rebelião. Obviamente alguém temia que o fim estivesse chegando e escondeu suas posses, talvez esperando recolhê-las mais tarde, quando a paz fosse restaurada na região". Todas as moedas estão estampadas de um lado com um cálice e a inscrição em hebraico "Para redenção de Sião" e do outro lado, a imagem de um lulav e dois etrogs. Em torno deste está a inscrição em hebraico "Ano Quatro", isto é, o quarto ano da Grande Revolta dos judeus contra os romanos (69/70 CE).

O tesouro estava escondido no canto de uma sala, talvez dentro de um nicho de parede ou enterrados no chão. Outros dois quartos e um pátio pertencente ao mesmo edifício foram expostos durante o curso da escavação arqueológica. A estrutura foi construída no primeiro século aC e foi destruído em 69 ou 70 dC, quando os romanos foram reprimindo a Grande Revolta. Logo no início da segunda parte do século dC o edifício foi re-habitado por um breve período, que culminou com a destruição da colonização judaica na Judeia, como resultado da rebelião de Bar Kochba. Isso é atestado por três frascos completos que foram descobertos embutidos no chão do pátio.

Acredita-se que os moradores originais do local agora escavado, assim como a maioria das aldeias judaicas na Judeia, envolveram-se nas duas principais revoltas contra os romanos, tanto a Grande Revolta (ano 70) quanto a Rebelião de Bar Kochba (entre 132 e 135). Devido à sua participação nos motins, sua aldeia foi destruída duas vezes, e não foi repovoada. A possibilidade de preservar a vila permanece no âmbito do desenvolvimento da paisagem às margens da rodovia está atualmente sob revisão.



Fonte: Ministério de Turismo de Israel

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