Pages

sábado, 30 de agosto de 2014

'Efeito Copa' em viagens e transportes foi de US$ 850 milhões, diz BC

O Banco Central calcula que a Copa do Mundo representou um incremento nas receitas do país com viagens e transportes em cerca de US$ 850 milhões.
Desse valor, US$ 700 milhões foram ganhos adicionais referentes aos gastos dos turistas no país com alimentação, hotel, ingressos para os jogos, entre outras atividades, afirmou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, nesta sexta-feira (22).
Com passagens aéreas, os turistas que vieram para a Copa gastaram algo em torno de US$ 150 milhões.
Essa receita adicional veio nos meses de junho e julho, quando aconteceu o Mundial, e também em agosto, em função da data da fatura dos cartões de crédito.
JULHO
Em julho, as receitas com viagens cresceram 46% em relação a julho do ano passado, informou o BC, chegando a US$ 789 milhões.
Em junho, as despesas dos turistas no país foi recorde –somou US$ 797 milhões.
O BC não contava, contudo, com um gasto recorde dos brasileiros fora do país em julho. Foram R$ 2,4 bilhões deixados lá fora, o maior valor mensal de gastos de turistas brasileiros de que o BC tem registro.
Em relação a julho do ano passado, houve um incremento de 10% nas despesas de brasileiros fora do país.
Segundo Maciel, "a dinâmica das despesas tem pouca relação com a Copa", e tem mostrado acomodação, muito em função do dólar baixo.
As receitas com transportes somaram US$ 665 milhões, valor 50% maior do que o registrado em julho do ano passado.
"Havia muita incerteza sobre qual seria impacto disso na conta, está nem razoável", afirmou Maciel.
ROMBO
As transações de bens e serviços do Brasil com o exterior tiveram em julho um rombo, informou o BC.
Essa conta inclui comércio, serviços, transferências, e outras operações que envolvem trocas com outros países.
O rombo foi menor do que o estimado pelo governo e do que o de julho do ano passado, quando esse valor atingiu US$ 8,9 bilhões, mas ficou acima do esperado por analistas.
Economistas consultados pela Reuters previam saldo negativo de US$ 5,8 bilhões no mês.
Para Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, o resultado "favorável" do mês é explicado, sobretudo, pelo bom resultado da balança comercial no mês.
O Brasil exportou mais do que importou US$ 1,6 bilhão (situação de superavit). Em julho do ano passado, a balança comercial apresentou um deficit de US$ 1,9 bilhão.
Vendas de petróleo, soja e minério de ferro impulsionaram as vendas do país, destacou Maciel.
No acumulado dos primeiros sete meses do ano, o deficit nas transações correntes somou US$ 49,3 bilhões, valor também inferior ao do mesmo período do ano passado, de US$ 52,1 bilhões.
Em 12 meses, o deficit nas transações com o exterior está em US$ 78,4 bilhões, o equivalente a 3,45% do PIB (Produto Interno Bruto).

Fonte: Folha.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário