Acontece
em programas de auditório, celebrações em quadras de samba ou famílias reunidas
com um link de TV ao vivo. Todo mundo está lá sentado, quieto, fazendo qualquer
outra coisa. De repente, quando percebem que estão no ar, ao vivo, sendo
captados pela câmera, tudo muda. Começam os pulos, os gritos, os tchauzinhos
pra TV. E também o olhar discreto com o canto do olho para o monitor de TV para
confirmar se está aparecendo mesmo. Neste caso, mais gestos, pulos e gritos.
Este
é o nosso mundo, onde a existência costuma ser definida pelas polegadas do
aparelho televisor. Ultimamente, também pela tela do computador. Aparecer dá
existência social, importância. Mas não o aparecer de qualquer jeito. É legal
aparecer sorrindo, gritando, ‘de bem com a vida’. Com exceções, é claro, mas
esta parece ser a regra.
Pior
é quando esta lógica passa para a vida real e a honestidade, a firmeza, a
justiça e outros bens que deveriam ser duráveis aparecem apenas quando estamos
‘no ar’. Com as câmeras desligadas, vale fazer qualquer outra coisa.
Ao
agirmos com correção ou com alegria somente quando a câmera dos olhares está
fixada em nós, é porque queremos esconder o que realmente pensamos? Pode ser
que sim, outras vezes, que não. Mas o fato é que viver ’para a câmera’ não dá
certo. Uma hora a gente estoura de estresse. Ou então cansamos de representar,
e todos acabam vendo quem realmente somos.
É
bem melhor procurar agir por princípios, que são garantia de estabilidade. Se a
câmera dos olhares do mundo nos pegar preocupados? Paciência... Se nos pegar
sorrindo? Ótimo! Fazendo o que é certo? Melhor ainda! O principal é nos pegar
como pessoas que procurarmos seguir a constância da fé. E se esforçam para
fazer da alegria e princípios um jeito de viver. Para isto contamos com Aquele que
não desliga sua câmera em nenhum minuto. Jesus Cristo nos vê sempre. E quer nos
ver vivendo ao natural a fé que nos leva a sermos autênticos.
Por
isso, sorria. Você está sendo acompanhado.
Frase:
È bom que o caminho da vida tenha
obstáculos. Assim demora mais pra chegar ao final.
P. Lucas André
Fonte: Toque de Vida
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