por Pastor Lucas André Albrecht
Noticia do portal UOL mostra uma igreja na Holanda que foi transformada em um loft minimalista. A chamada diz que o antigo templo, sem função, acabou recebendo este novo direcionamento. Em vez da demolição, os novos proprietários optaram pela redefinição do ambiente.
Podemos elogiar o interesse na preservação de monumentos históricos. Fazer também a inevitável relação de que o cristão, na Igreja, deve se sentir em casa, pois é filho do Pai. Mas a noticia traz certa tristeza por conta do “sem função”. Para uma igreja chegar a este ponto, dá para imaginar o histórico de definhamento gradativo dos eventos, atividades, até que a capela ficou deserta e solitária. A função original se perde, uma nova função toma seu lugar.
Sem função. Foi o templo ou as pessoas que formavam aquela comunidade que ficaram assim?
Apostaria na segunda opção. Igreja, no sentido verdadeiro da palavra, não são as paredes, são as pessoas. Não são os bancos, são as vidas. Não são os ornamentos, são os corações. Igreja é sinônimo de pessoas. E se uma comunidade fica sem função, não é porque uma edificação ficou vazia, mas sim porque pessoas deixaram de viver umas das funções a que foram chamadas pela fé: viver a vida em comunidade.
Felizmente, ser Igreja não depende de templos humanos, mas sim do santuário do Espírito Santo que são as pessoas, o coração dos cristãos onde a fé em Jesus Cristo é viva. E, enquanto for Igreja, sempre terá função. Vida em comunidade, de adoração, ensino, ação - uma vitrine do amor de Deus. Uma casa de acolhimento, amor e comunhão. Lugar de minimalismo nos julgamentos e preconceitos, e de maximização da Palavra que perdoa, fundamenta e edifica.
Por isso, templos podem até ficar sem função. Mas Igreja, no sentido da palavra, não.
Frase:
“Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”
(Salmo 133.1)
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário