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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Vasos de barro


Estamos vivendo em uma época de transição na Igreja de Cristo, pois temos percebido os sinais cada vez mais fortes que estamos muito próximos dos últimos dias. Já ouvimos os rumores de guerra, estamos vendo o esfriamento do amor, ao mesmo tempo em que o materialismo cresce.
Qual seria a receita para conseguirmos passar por estes percalços e mantermos no caminho estreito?

A receita não é nova, nem veio de outra fonte que não seja o nosso próprio Deus e Senhor, Pai de Jesus Cristo.
O povo judeu passou por situações semelhantes o­nde o culto ao Deus Vivo estava sendo esquecido e a idolatria já havia tomado conta de todos, inclusive reis e sacerdotes. Como eles não se arrependeram com sinceridade, foram destruídos, e um remanescente foi levado para o cativeiro na Babilônia.

O que os levou a esta situação?

Deus chama Jeremias para expor o problema aos líderes, conforme Jeremias 19:

Jer 19:1 Assim disse o Senhor: Vai, e compra uma botija de oleiro, e leva contigo alguns anciãos do povo e alguns anciãos dos sacerdotes;
Jer 19:2 e sai ao vale do filho de Hinom, que está à entrada da Porta Harsite, e apregoa ali as palavras que eu te disser;
Jer 19:3 e dirás: Ouvi a palavra do Senhor, ó reis de Judá, e moradores de Jerusalém. Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre este lugar uma calamidade tal que fará retinir os ouvidos de quem quer que dela ouvir.
Jer 19:4 Porquanto me deixaram, e profanaram este lugar, queimando nele incenso a outros deuses, que nunca conheceram, nem eles nem seus pais, nem os reis de Judá; e encheram este lugar de sangue de inocentes.
Jer 19:5 E edificaram os altos de Baal, para queimarem seus filhos no fogo em holocaustos a Baal; o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem entrou no meu pensamento.
Jer 19:6 Por isso eis que dias vêm, diz o Senhor, em que este lugar não se chamara mais Tofete, nem o vale do filho de Hinom, mas o vale da matança.
Jer 19:7 E tornarei vão o conselho de Judá e de Jerusalém neste lugar, e os farei cair à espada diante de seus inimigos e pela mão dos que procuram tirar-lhes a vida. Darei os seus cadaveres por pasto as aves do céu e aos animais da terra.
Jer 19:8 E farei esta cidade objeto de espanto e de assobios; todo aquele que passar por ela se espantará, e assobiará, por causa de todas as suas pragas.
Jer 19:9 E lhes farei comer a carne de seus filhos, e a carne de suas filhas, e comerá cada um a carne do seu próximo, no cerco e no aperto em que os apertarão os seus inimigos, e os que procuram tirar-lhes a vida.
Jer 19:10 Então quebrarás a botija à vista dos homens que foram contigo,
Jer 19:11 e lhes dirás: Assim diz o Senhor dos exércitos: Deste modo quebrarei eu a este povo, e a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, de sorte que não pode mais refazer-se; e os enterrarão em Tofete, porque não haverá outro lugar para os enterrar.
Jer 19:12 Assim farei a este lugar e aos seus moradores, diz o Senhor; sim, porei esta cidade como Tofete.
Jer 19:13 E as casas de Jerusalém, e as casas dos reis de Judá, serão imundas como o lugar de Tofete, como também todas as casas, sobre cujos terraços queimaram incenso a todo o exército dos céus, e ofereceram libações a deuses estranhos.
Jer 19:14 Então voltou Jeremias de Tofete, aonde o tinha enviado o Senhor a profetizar; e pôs-se em pé no átrio da casa do Senhor, e disse a todo o povo:
Jer 19:15 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Eis que trarei sobre esta cidade, e sobre todas as suas cercanias, todo o mal que pronunciei contra ela, porquanto endureceram a sua cerviz, para não ouvirem as minhas palavras.

O vaso quebrado profeticamente significa que não havia mais como consertá-lo.

Qual era o problema?

Os versículos 4 e 5 nos informam: “Porquanto me deixaram, e profanaram este lugar, queimando nele incenso a outros deuses, que nunca conheceram, nem eles nem seus pais, nem os reis de Judá; e encheram este lugar de sangue de inocentes. E edificaram os altos de Baal, para queimarem seus filhos no fogo em holocaustos a Baal; o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem entrou no meu pensamento”.

Somos semelhantes ao que adoramos:

Sl 115:4-8 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam.

Quando adoramos ídolos de barro, nos tornamos duros de coração e de cerviz, pois o vaso depois de seco não pode mais receber nova forma.
Deus nas entrelinhas está nos ensinando que precisamos nos manter “molhados”, só assim poderemos receber a correção e o direcionamento para o qual ELE quer.

Como podemos nos manter molhados?

É essencial que mantenhamos a umidade e a humildade, longe da arrogância, presunção, altivez, orgulho e auto piedade. Devemos ir beber água da fonte, para que rios de águas vivas fluem do nosso interior.
O principal motivo de um culto de adoração é justamente que busquemos o Manancial das Águas, o Nosso Senhor (Jr 2:13). Devemos manter o contato com a Água da Vida para que sejamos moldados, como vasos na mão do oleiro, obtendo a forma desejada por ELE.
Adorar ao Deus verdadeiro é se entregar verdadeiramente, nos conformar com suas mãos, buscar a mente do Senhor Jesus que é a imagem do Deus Vivo.
Qualquer coisa que se interponha entre nós e o Senhor estará nos secando.
Devemos nos tornar uma cisterna, bem protegida para que somente a Água da Vida permaneça em nós, s também sirva aos nossos irmãos e flua para aqueles que o Espírito Santo nos enviar.

Como podemos praticar?

Sl 23:1-6 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.
Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

O Espírito Santo é quem nos guia às águas tranqüilas. Devemos buscá-lo na adoração de modo que Ele nos revele Jesus, e Jesus nos leve a presença de Deus. E Deus nos molhe e molde.

Fonte: Céu Aberto

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