"Vou
sofrer, mas não vou tirá-lo do Brasil por nada." A frase é da bióloga
Elaine Françoso, dona do gato Louis, que desapareceu, em setembro, no aeroporto
de Guarulhos (SP), ao chegar de um voo de Dallas (EUA).
Em
breve, ela deve viajar à Austrália por seis meses, mas não pretende levar
nenhum dos seus animais de estimação –além de Louis, encontrado onde ficam os
jatos particulares no aeroporto após oito dias, ela tem a gata Kate.
Não
se sabe o quanto ocorrências como a de Louis representam no total de animais
transportados em aviões. Nem a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária), nem a Abear (Associação Brasileira de das Empresas Aéreas) têm
estatísticas sobre o tema.
Mesmo
assim, muitos turistas que precisam viajar com seus pets enfrentam, além de
taxas e trâmites burocráticos, o medo de levá-los em viagens desse tipo, em
função de casos como fuga e morte no porão da aeronave.
Com
exceção do cão-guia, que pode viajar com o passageiro gratuitamente, cada
empresa define suas regras para o transporte de animais. Não há uma
regulamentação padronizada pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Em
voos domésticos, exceto pela Gol, é permitido levar cães e gatos pequenos, na
cabine. Em rotas internacionais, e no caso de animais maiores, é preciso ir no
porão, como ocorreu com Louis.
Nas
viagens nacionais, para levar o bicho, as companhias cobram por trecho uma taxa
que se aproxima do valor de uma passagem comum.
As
exigências comuns a todos são determinadas pelo Ministério da Agricultura. São
obrigatórios atestado de saúde emitido por um veterinário (que tem validade
limitada de acordo com a companhia, entre três e 30 dias) e vacina antirrábica
em dia.
O
ministério também emite o passaporte para trânsito de cães e gatos e o
certificado veterinário internacional, para viagens para o exterior. No Brasil,
o passaporte pode substituir o atestado de saúde, mas deve ser atualizado. Para
obtê-lo, o bicho deve ter um microchip subcutâneo.
Fonte: Folha.com
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