O serviço aéreo prestado no Brasil é "de baixa
qualidade" e o tema deve ser tratado pelo governo junto às companhias
aéreas para não prejudicar o crescimento do turismo, disse nesta segunda-feira
(25) o presidente interino da Embratur, Paulo Guilherme de Araújo.
As reclamações relativas a atraso de voos, cancelamentos,
espera em aeroportos, preços de tarifas e atendimento inadequado são
frequentes, segundo Araújo.
O tema também preocupa o governo no momento em que o país se
prepara para sediar uma série de grandes eventos internacionais, como a Jornada
Mundial da Juventude da Igreja Católica e a Copa das Confederações neste ano, a
Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada em 2016.
"A qualidade do serviço aéreo é de baixa qualidade e
isso é uma preocupação nossa", disse. "O primeiro contato do turista
é com a companhia aérea. Se ele tem uma impressão ruim, fica difícil".
A Embratur e outros órgãos do governo federal pretendem se
reunir com as principais companhias aéreas para cobrar um serviço de melhor
qualidade aos usuários nacionais e estrangeiros.
O órgão é favorável à abertura do mercado brasileiro a
companhias aéreas estrangeiras para aumentar a concorrência --e, possivelmente,
a qualidade do serviço. Segundo Araújo, há preocupação também com as altas
tarifas praticadas por alguns hotéis, que ele chamou de
"oportunismo".
RECORDE
O presidente interino disse que a Embratur espera um número
recorde de turistas neste ano: 6 milhões de pessoas, ante 5,7 milhões em 2012.
A meta é chegar a 10 milhões de turistas em 2020. "Seis milhões é uma boa
projeção, mas nosso potencial é ainda maior", disse.
Os argentinos continuam sendo os estrangeiros que mais
visitam o país. Só no ano passado, foram cerca de 1,5 milhão.
LATINO-AMERICANOS
Com a Europa em crise e os Estados Unidos em recuperação
econômica, a estratégia da Embratur é focar mais na atração de turistas
latino-americanos com o calendário de grandes eventos no Brasil nos próximos
anos.
"Reduzimos a quantidade de feiras na Europa e aumentamos
ações nos nossos países vizinhos. É uma grande chance para a América do
Sul", disse Araújo. Outros alvos no médio prazo são os turistas dos países
em desenvolvimento do grupo dos Brics --Rússia, Índia, China e África do Sul--,
disse.
Fonte: Folha.com
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