TISHA B’AV - IMPORTANTE DIA DO CALENDÁRIO JUDAICO

 Entenda o seu significado, o porquê do jejum, os eventos que trouxeram calamidade ao povo judaico, as tradições e muito mais.

Índice

1. Informação geral

2. Destruições

3. Tradições

4. Curiosidades
5. Outras fatalidades

6. Shabat

Um dia de reflexão e luto nacional, quando se roga a Deus por misericórdia e proteção sobre Israel. 

1.  INFORMAÇÃO GERAL

Tisha b’Av é uma data historicamente importante e de profundo significado. 

O nono dia do mês judaico de Menachem Av,  (que para nós coincide em a partir do início da noite: sábado, seis de agosto. Até o início da noite: domingo , sete de agosto) é o principal dia de luto comunitário no calendário judaico e o segundo jejum mais importante. Neste dia, ocorre o jejum e as lamentações por inúmeras fatalidades, que por coincidência ou não, ocorreram todas no mesmo dia.
Embora Tisha B'Av não seja feriado, algumas empresas de propriedade judaica se solidarizam pela data e são fechadas durante o dia.

2. DESTRUIÇÕES

Essa data é normalmente associada a  tragédias coletivas no decorrer da história e seu emblema maior é a destruição dos Templos. Sendo que a destruição do Templo de Salomão ou Primeiro Templo de Jerusalém foi destruída pelo Império Babilônico , antes da era cristã, e a destruição do Segundo Templo, destruído pelos romanos.
O Primeiro Templo foi destruído no nono dia do mês judaico. Cinco séculos mais tarde, conforme os romanos aproximavam-se do Segundo Templo, prontos para incendiá-lo, os judeus ficaram surpresos ao perceber que o Segundo Templo foi destruído no mesmo dia que o primeiro.

3. TRADIÇÕES

A principal tradição, de fato, é o jejum. As pessoas jejuam por um dia inteiro e a última refeição antes do jejum deve acontecer antes do pôr-do-sol e no dia anterior a nove de Av, e deve ser composta por alimentos redondos que simbolizem o luto e o ciclo da vida.

Além dessa prática, há muitas outras adotadas nessa data, como por exemplo o costume de sentarem em cadeiras baixas ou deitarem no chão. Deixam de utilizar peças de roupas de couro, hábitos higiênicos, como tomar banho, também são deixados de lado. 

Neste dia, saudações também são deixadas de lado. As pessoas passam grande parte do tempo lendo o Livro de Lamentações, o livro de Jó e o Kinnot. Também há o costume de colocar uma cortina preta sobre o Aron Há Kodesh, a Torá não é estudada e deve-se evitar qualquer tipo de trabalho. Tudo para evitar quaisquer outras fatalidades no dia.

4. CURIOSIDADES

Uma curiosidade importante é que o período de tempo das Três Semanas, que vai desde a época do cerco inicial da antiga Jerusalém, até a destruição da cidade e seu Templo, é conhecido como Bein HaMetzarim, que significa um lugar estreito.
Em outras palavras, o período de tempo de dezessete de Tamuz a nove de Av representam tempos de lembrança, oração e introspecção.

5. OUTRAS FATALIDADES

Além das principais destruição dos templos, existem outras fatalidades que ocorreram nesse mesmo dia, que são elas:

Os doze espiões enviados por Moisés à terra de Canaã, dos quais dez voltaram com relatórios negativos sobre a terra. E declararam que o nono de Av seria um dia em que os judeus chorariam por gerações.

A captura de Beitar pelos romanos, onde milhares de judeus foram assassinados.

A expulsão de judeus da Inglaterra, França e Espanha entre os séculos treze e quinze.

A aprovação pelo Partido Nazista da "Solução Final", que deu início ao Holocausto, no qual um terço da população judaica do mundo perdeu a vida. A deportação do povo judeu do Gueto de Varsóvia para Treblinka.

E outra curiosidade é que por mais que o Holocausto tenha durado muitos anos, muitos judeus optam por lamentar as vítimas durante o Tisha B'Av.

6. SHABAT

O Shabat, nesta data, é diferente! É chamado de "Shabat da Visão'', pois neste Shabat é comum ler um capítulo dos Profetas, intitulado "A Visão de Yeshayáhu''. 

Entretanto, há também um significado mais significativo para o nome "Shabat da Visão” que seria: A todos e a cada um de nós é concedida uma visão do Terceiro Templo, o final,  uma visão que, embora não vejamos por nós mesmos, nossa alma consegue ver. Esta visão desperta uma importante reação em nós, mesmo se não estivermos plenamente conscientes da causa de nossa súbita inspiração.

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