Nenhum homem merece a misericórdia de Deus. Nenhum homem pode reclamar a misericórdia de Deus por mérito. As Escrituras concluem: “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).
As Escrituras do Velho Testamento mostram repetidamente os pecados do povo com afirmações tais como “nós pecamos,” “eu pequei” e “pecamos contra o Senhor”. João diz: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:10). E nos é dito, “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio” (1 João 3:8).
O pecado é definido como “transgressão da lei” de Deus, revelada nas Escrituras (1 João 3:4). O povo do Velho Testamento tinha uma lei, dada por Deus através de Moisés e dos profetas. Ninguém guardou a lei, e pecou ao transgredi-la. O povo, agora, vive sob a lei do Novo Testamento dada por Deus através de Cristo, do Espírito e dos apóstolos. Quando deixamos de segui-la, pecamos, ao transgredi-la.
Tiago conta-nos os passos que conduzem ao pecado. “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:14-15). O homem peca porque deixa de resistir às tentações do diabo e, assim fazendo, viola a lei de Deus.
Este processo de sedução começou com o primeiro homem e a primeira mulher, pelo diabo (Gênesis 2:3), e continua até o dia presente. O homem foi, e é, culpado diante de Deus, e Paulo diz, “... naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12).
Você percebe por que precisamos apreciar a misericórdia de Deus? O homem não tinha esperança de nada além da culpa do pecado. Ele era impotente para livrar-se do pecado porque não podia resistir às tentações do diabo. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Romanos 5:8-9). É-nos dito que, sob a nova aliança, “... para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Hebreus 8:12). Agradeçamos a Deus por sua misericórdia. Mas lembremo-nos que ainda que agora tenhamos esperança através de sua misericórdia em Cristo, ainda podemos pecar. A misericórdia de Deus não é incondicional. Assim como mostrou misericórdia a Israel e depois tirou-a, por causa da desobediência, ele nos promete o mesmo.
Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26-31).
Conhecendo a misericórdia de Deus, bem como nossa fraqueza da carne, advertimos a todos: “... guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas 1:21), e a que “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).
Por Jack Glover
http://www.estudosdabiblia.net/2003210.htm
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