Pages

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Arqueólogos encontram sinagoga onde Jesus pode ter ensinado


Arqueólogos israelenses encontraram uma sinagoga debaixo do monte Arbel, ao norte de Tiberias, em frente às praias do mar da Galileia. A antiga construção localiza-se exatamente na extremidade da antiga cidade de Migdal (Magdala), que no passado foi uma próspera comunidade de 30 mil habitantes e lar de Maria Madalena.

Dina Avshalom-Gorni é a arqueóloga que dirige as escavações. Quando ela descobriu a sinagoga, logo percebeu ser algo muito especial. “Me perguntei: ‘Dina, será possível que você está em uma sinagoga do primeiro século?’ Não podia acreditar”, conta.

A estudiosa disse que, levando-se em consideração a idade da sinagoga, sua localização e a história da Galileia, é extremamente provável que Jesus tenha ensinado lá. “Podemos assegurar que Jesus se apresentou como rabino, junto a esta mesa de oração para orar e transmitir sua mensagem à sua comunidade.”

Os arqueólogos seguem trabalhando e esperam descobrir mais daquilo que pode ser um dos achados mais significativos da história. Depois de anos de escavação na região, esta é a primeira sinagoga do primeiro século a ser descoberta na Galileia. Para os arqueólogos, o milagre é que se manteve abaixo da superfície durante dois mil anos.

“Os restos da sinagoga foram encontrados perto da superfície, a apenas alguns centímetros de profundidade. Passaram-se dois mil anos para ser escavada, encontrada e vir à luz, para que todo mundo pudesse vê-la. Esta sinagoga não havia sido tocada, assim, penso ser um milagre. Um milagre arqueológico”, declara Gorni.

Mesa de oração

O detalhe mais singular da sinagoga é uma base de pedra que, de um lado, tem talhada uma menorá (ou candelabro judeu). Os arqueólogos acreditam que o artista copiou uma menorá que vira no templo de Jerusalém.

O talhe da menorá é o primeiro do primeiro século que já se encontrou fora de Jerusalém. É também a primeira menorá reconhecida como símbolo do judaísmo. Gorni disse que a base de pedra tinha uma função-chave na sinagoga.

“Acreditamos que foi a base de uma mesa de oração. Se examinamos a pedra, vemos que tem quatro colunas de pedra. Cremos que em cima delas havia uma tábua, como uma mesa, e que a pessoa que parava junto a ela orava e transmitia sua mensagem à comunidade.”

Os arqueólogos continuarão classificando e registrando seus achados. Gorni espera que a sinagoga se abra ao público em poucos anos, para que o mundo veja o lugar onde Jesus pode ter ensinado um dia. (N.M.)

Tradução: Fernando Damasceno

Fonte: Arca Universal

Nenhum comentário:

Postar um comentário