O
ponto mais extremo do sul israelense, que faz fronteira com Egito e Jordânia, é
o balneário de Eilat. Seu calor infernal permite aos locais e turistas, do
mundo inteiro, pegar praia sempre, inclusive no inverno. Os vários hotéis da
cidade movimentam milhões de shekalim por ano. Zona livre de impostos, costuma
atrair também consumidores de eletrodomésticos.
De
carro, a viagem, da região central até lá, dura por volta de quatro horas. De
ônibus, cinco. Há vários voos diários, saindo de Tel Aviv.
A
beleza de Eilat, banhada pelo Mar Vermelho, é prejudicada pela distância. Para
o israelense comum, até Jerusalém-Tel Aviv já é uma viagem (40 minutos, sem
trânsito). É verdade que muitos jovens se reúnem, alugam apartamento, van e
passam boa parte das férias lá. Famílias aproveitam mais feriadões, como
Pessach (Páscoa Judaica, em março-abril), Sucot (Festa dos Tabernáculos – fim
de setembro-outubro) ou Chanuka (dezembro).
Para
período curto, apenas fim de semana, há procura, mas somando o preço do avião,
fica caro para o pessoal. Qual a solução tomada? Até pensaram em esticar a
linha de trem até lá, mas o custo era alto. O projeto ainda está em andamento.
Então, resolveram fazer uma Eilat mais perto.
Nahariya
se localiza no litoral norte, onde o trem chega. Saindo de Tel Aviv, a viagem
de carro dura duas horas, no máximo. O município tem aproximadamente 60 mil
habitantes. A avenida beira-mar tem calçadão, circundado por restaurantes,
quadras esportivas e hotéis. O Mar Mediterrâneo, mesmo com suas águas quentes,
não recebe tantos banhistas no inverno, como no Mar Vermelho, mas garante a
diversão das famílias.
Toda
a estrutura montada, ao longo dos anos, foi para criar alternativa a longínqua
Eilat, mas não foi possível substituí-la. Entretanto, Nahariya é um dos pontos preferidos
do turista interno, que deseja descansar, curtir e não gastar tanto. A comida e
praia são de primeira. Quem conhece, sabe, mas o povo ainda escolhe a cidade do
sul. Não tem problema. Fica uma opção a mais.
Na
década passada, boa leva de judeus argentinos veio morar em Nahariya. Escapando
da crise financeira que assolou o país sulamericano, encontraram um paraíso,
apenas dez quilômetros distante de Rosh HaNikrá, ponto turístico que faz
fronteira com o Líbano.
Eilat
ou Nahariya? As duas são maravilhosas, mas hoje prefiro a do norte, porque é
mais barata, mais perto, posso ir de trem, sem deixar de aproveitar as belezas
de sua praia, ficando em um baita hotel.
Fonte: Conexão Israel
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